Gênio da percussão mundial, Naná Vasconcelos é o artista homenageado da Ocupação Itaú Cultural. No mês em que o músico pernambucano completaria 80 anos, uma coleção de fotografias, documentos, entrevistas, objetos e instrumentos percorrem a carreira de Naná, sempre com seu inseparável instrumento, o berimbau, que levou às últimas consequências.

Naná foi eleito oito vezes, entre 1983 e 1990, pela revista Down Beat, uma das publicações sagradas do Jazz, como o melhor percussionista do mundo. Ganhou todos os prêmios possíveis a um músico, mas, sobretudo, inventou um som identificável e inconfundível em gravações e parcerias com nomes como Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Geraldo Azevedo, Itamar Assumpção, Jean-Luc Ponty, Pepe Consolmagno, Pat Metheny e muitos outros.

Juvenal de Holanda Vasconcelos, o Naná, aprendeu a tocar sozinho na infância no Recife, batucando em panelas e penicos. Segundo o Dicionário Cravo Albin, aos doze anos, apresentava-se profissionalmente em bares e clubes. Autodidata, nunca frequentou nenhuma escola de música. Em uma entrevista, declarou: “Quando você aprende teoria musical por livros, precisa sempre consultar os textos. Quando você aprende com o corpo, é como andar de bicicleta. Seu corpo se lembra.”

A partir de 1967, viajou para o Rio de Janeiro, onde conheceu Milton Nascimento, com quem atuou na gravação de dois álbuns e, desde então, esteve no centro dos acontecimentos na música brasileira e, nas décadas seguintes, dos movimentos de vanguarda do jazz e da world music nos Estados Unidos e na Europa. A Ocupação Naná Vasconcelos entra em cartaz de 17 de julho a 27 de outubro, na sede do Itaú Cultural.

 Serviço

Ocupação Naná Vasconcelos

Data: Abertura em 17 de julho às 20h. Visitação até 27 de outubro de 2024.

Ingressos: entrada gratuita

Local: Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 – Bela Vista, São Paulo)

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