Caetano Veloso já declarou que, sem Jean-Luc Godard, cineasta pioneiro da Nouvelle Vague, não existiria Tropicália. O livro “Cine Subaé” reúne críticas cinematográficas do cantor publicadas na década de 60 sobre filmes do Cinema Novo, do neorrealismo italiano e da produção francesa.
O livro é organizado por Cláudio Leal e Rodrigo Sombra e explora a relação de o amor do tropicalista pelo cinema desde a juventude. Nos textos que apresentam o livro, a dupla destaca como a obra do artista baiano é profundamente inspirada por imagens em movimento. Leal e Sombra falaram do trabalho na última edição do podcast 451 MHz, produzido pela revista literária 451.
Ouça o podcast aqui:https://open.spotify.com/episode/4VYd9ZOaPipdO4HbKyu7Qm?si=a1b33531fea641d8
“Caetano Veloso sempre pensou e formulou continuamente o cinema, mesmo tendo se afastado da crítica e da realização que ele sonhava”, afirma Cláudio Leal. Antes de se tornar um dos maiores nomes da música brasileira, o artista iniciou uma trajetória profissional como crítico de cinema, escrevendo diversos textos contidos em “Cine Subaé: escritos sobre cinema (1960-2023)”.
Caetano diretor
Em 1986, entre os álbuns “Caetanear” (1985) e “Caetano Veloso” (1986), ele dirigiu o longa-metragem “Cinema Falado”, um filme experimental que mistura música, poesia e reflexões sobre a cultura brasileira. O amor de Caetano pelo cinema é um traço marcante de sua carreira multifacetada, onde a música e a sétima arte se encontram em um diálogo constante e inspirador.
Cine Subaé: Escritos sobre Cinema (1960-2023)
Editora Companhia das Letras // 440 pp • R$ 129,00
Also Read: Mostra celebra 80 anos de Naná Vasconcellos