Manacapuru é uma cidade da região metropolitana de Manaus, localizada a 68 km do centro da capital, às margens do Rio Solimões. Lá, sempre na última semana de agosto, acontece há 26 anos o Festival de Cirandas de Manacapuru.

No evento folclórico, agremiações rivais participam de um desfile competitivo de um estilo de música e dança local. A festa, que se tornou oficial em 1997, tem como palco a arena do Parque do Ingá, o popular “Cirandódromo” da Princesinha do Solimões.

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A 26ª edição do Festival de Cirandas de Manacapuru vai acontecer entre sexta-feira e domingo (30/08 a 1º/09), com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Amazonas.

São três cirandas que competem no festival: a Tradicional, a Flor Matizada e os Guerreiros Mura. Cada uma desfila em um dia do fim de semana. Segundo informações do Portal da Cultura do Amazonas, são mais de 300 profissionais estão envolvidos na produção artística das cirandas.

Profissionais da indústria criativa que trabalham na criação e construção dos módulos alegóricos, nos ateliês de figurinos e adereços. A maioria é população de Manacapuru, mas tem gente de Manaus, Parintins, Juruti e municípios vizinhos. Um bom desfile de ciranda, portanto, precisa unir a expertise do elenco que produz as alegorias e adereços à ginga dos cirandeiros que estão na reta final de preparação para os desfiles do fim de semana.

Ciranda Tradicional

A Ciranda Tradicional abre os desfiles na sexta (30), com o tema “Marangatu: Uma Odisseia Amazônica”. No galpão, Algles Ferreira coordena a equipe de alegorias. Há cinco anos, o parintinense faz temporada em Manacapuru e, nesta edição, o objetivo é conquistar o tricampeonato para a ciranda.

“A gente tem tido uma preocupação de fazer uma apresentação não redonda, mas algo que traga o resultado, que os jurados entendam o que a gente vem falando, as defesas que a ciranda vem abordando, e tudo isso tem dado certo. Lógico, com cuidado, uma boa apresentação, os efeitos, os segredos de cada alegoria, de cada momento, o que vai aparecer, que o item venha tranquilamente para fazer uma apresentação bacana”, disse Algles.

Flor Matizada

Em busca do título, a Flor Matizada — cujo nome é a tradução do nome indígena da cidade — aposta na inovação sem perder a essência da cultura da ciranda. Esse desafio é praticado por Gaspar Fernandes há mais de 30 anos, integrando a comissão de artistas da agremiação. “A Flor Matizada vem com uma nova apresentação ousada, ousadíssima. E mudando nossos paradigmas, trazendo uma apresentação surpreendente, cheia de elementos lúdicos, que é a essência da ciranda. Mas que vai causar muito encantamento a quem estiver presente no Parque do Ingá e a quem assistir pela televisão também”, disse o diretor Gaspar Fernandes. A ciranda Flor Matizada defende o tema “O Alvorecer Matizado” no sábado (31).

Guerreiros Mura

Quem fecha as apresentações no domingo são os Guerreiros Mura, que levam para a arena o espetáculo “Sob o Véu de Iacy”. Inovação no elenco e na arena é a proposta do diretor da comissão de artes dos Guerreiros Mura, Leon Medeiros, que participa profissionalmente do festival pela primeira vez. Com passagens pelo Festival Folclórico do Amazonas e pelo Carnaval de Manaus, Leon anuncia surpresas no Cirandódromo.

“A Ciranda Guerreiros Mura vem preparando um espetáculo magnífico, grandioso, com mais de nove módulos alegóricos. A gente vem trabalhando muito dentro do galpão e, como novidade, a gente vai usar muita tecnologia, muitos efeitos especiais, muita pirotecnia, e eu tenho certeza de que vai encantar o nosso público”, finaliza o artista.

SERVIÇO

Onde: Parque do Ingá, Cirandódromo, Manacapuru, AM

Quando: 30 de agosto a 1º de setembro

Quanto: Entrada gratuita

 

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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