Terreno Baldio, nova publicação das Edições Sesc produzida em duas partes pela artista plástica Carmela Gross e pelo curador Paulo Miyada não é um livro sobre arte. O livro é, ele mesmo, uma obra de arte.
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As duas partes estão muito bem distintas editorialmente e não independentes, embora dialoguem entre si. Na primeira, há a reprodução em escala real de um conjunto de desenhos inéditos de Carmela. São 24 desenhos em pó de grafite, resina e caneta esferográfica sobre papel, produzidos em 1993 e coloridos digitalmente em 2023 especialmente para o livro.
A segunda parte, traz uma conversa da artista com o curador Paulo Miyada. O arquiteto e urbanista é diretor artístico do Instituto Tomie Ohtake (São Paulo) e foi curador adjunto da 34ª Bienal de São Paulo, que teve a participação de Carmela Gross. De acordo com o material de apresentação das Edições Sesc que produziu Terreno Baldio, o lançamento inaugura a linha editorial “livro-obra” no catálogo da editora.
Uma conversa sobre a cidade
A conversa entre eles aborda a relação primordial de sua produção com a cidade, seus habitantes, objetos e equipamentos urbanos, além de suas referências e influências artísticas. Assim, a entrevista fala de aspectos de criação e produção. E percorre a trajetória da artista plástica através de 33 imagens, entre fotos, obras e ilustrações. Dentre esta produção, Carmela Gross destaca trabalhos realizados “em grande escala que se inserem no espaço urbano e que assinalam um olhar crítico sobre a arquitetura e a história urbana”.
Segundo a artista, o eixo comum de sua diversificada produção, para além das peculiaridades de cada obra, é o conceito básico de “trabalhar-na-cidade”. Da concepção, passando pelo processo de produção até a disposição no lugar de exibição de suas obras, Carmela enfatiza a relação entre a obra e o espaço que trazem à tona a carga semântica do lugar.
Com informações das Edições Sesc.
SERVIÇO
Terreno Baldio