Estreou ontem (5) nos cinemas brasileiros o documentário Othelo, o Grande, que narra a vida e a obra do ator e comediante Sebastião Bernardes de Souza Prata (1915-1993), mais conhecido como Grande Othelo.

O filme dirigido por Lucas H. Rossi dos Santos revela a trajetória de um menino órfão e neto de escravos, que superou a pobreza para construir uma carreira que rompeu todas as barreiras para um ator negro.

Além de ator e comediante, Grande Othelo também foi cantor, escritor e compositor. Ainda muito jovem, ele brilhou nos cassinos cariocas e no teatro de revista, além de ter atuado em diversos filmes de sucesso no cinema brasileiro.

Entre suas parcerias mais memoráveis está a que fez com Oscarito, com quem estrelou famosas comédias, além de sua participação na versão cinematográfica de Macunaíma (1969).

No cinema, Grande Othelo trabalhou com cineastas renomados, como Orson Welles, Joaquim Pedro de Andrade, Werner Herzog, Júlio Bressane e Nelson Pereira dos Santos.

Por meio de suas atuações, ele abordou questões de racismo que enfrentou ao longo de 80 anos de vida, atravessando duas ditaduras e participando de mais de uma centena de filmes.

O ator faleceu em 1993, vítima de um ataque cardíaco fulminante, enquanto viajava para Paris, onde seria homenageado no Festival de Nantes.

Serviço

Veja em qual cinema perto de sua casa assistir o filme Othelo, o Grande.

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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