Em seu segundo ano, o Festival Oficina da Ópera tem como proposta democratizar o acesso à ópera e contribuir para o crescimento do mercado. A partir desta sexta-feira, o público poderá assistir a três óperas no Theatro Municipal do Rio, com ingressos populares a partir de R$ 15.
Entre as apresentações estão a inédita Candinho, de João Guilherme Ripper, que retrata a infância do pintor Cândido Portinari (1903-1962); a clássica La serva padrona, de Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736); e Le villi, de Giacomo Puccini (1858-1924), que será encenada pela primeira vez no Municipal com a partidcipação do coro e da orquestra sinfônica do Municipal.
No caso de Le villi, haverá uma sessão especial com entradas custando apenas R$ 1,80 e R$ 2.
— O Municipal, assim como todo teatro lírico, pode já ter sido voltado para a elite, mas desde sempre foi produzido por profissionais que vêm do povo — disse o diretor artístico do Municipal, Eric Herrero, ao jornal O Globo.
Formação de Plateia
O Festival Oficina da Ópera é um espaço para a formação de profissionais, e participar de uma montagem no palco mais importante do país será uma espécie de conclusão de curso para 25 cantores, figurinistas, cenógrafos e contrarregras. O outro aspecto do festival é a formação de plateia. No ano passado, mais de 120 mil pessoas assistiram aos espetáculos, muitas delas indo pela primeira vez ao teatro.
Além dos ingressos populares, antes das apresentações há palestras rápidas para familiarizar os visitantes com as obras. As duas óperas italianas serão encenadas com legendas em português. Os espetáculos também são mais curtos que a duração original, com montagem de, no máximo, 75 minutos, em um gênero onde os espetáculos completos podem durar várias horas.
Theatro Municipal
Patrocinado pela Petrobras, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro é a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Inaugurado em 14 de julho de 1909, o prédio, inspirado na Ópera de Paris, recebeu ao longo de sua história os principais nomes brasileiros e mundiais da dança, música e ópera. Atualmente, é a única instituição cultural brasileira a manter simultaneamente um coro, uma orquestra sinfônica e uma companhia de balé.