Era o ano de 2003 quando surgiu nas noites do Rio um show arrasa-quarteirão.

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A cantora maranhense Rita Benneditto teve a iluminação de misturar pontos e rezas a arranjos e batidas eletrônicas, que eram a bola da vez nas pistas do mundo inteiro.

Como quem pedia uma benção, a estes temas ela mesclava outros da MPB, de entidades como Gilberto Gil e Jorge Bem evocavam os orixás.

À essa mistura porreta não se poderia ter dado nome mais apropriado que Tecnomacumba.

Os shows marcaram época e continuam bombando. Aliás, há um marcado para o Circo Voador no dia 30 de novembro.

A Tecnomacumba já viajou o mundo, esteve até no Senegal, foi registrada em DVDs e ganhou muitos prêmios, como o Rival Petrobras de melhor show e o da Música Brasileira de melhor cantora.

Tecnomacumba sobre telas – A Exposição

O mais recente fruto do projeto Tecnomacumba é a exposição Cores, Cantos e Telas – Tecnomacumba de Rita Benneditto pelo traço de Fernando Mendonça.

Fernando Mendonça e Rita: parceria e live painting. Foto: Karen Eppinghaus/Reprodução

A mostra com curadoria do artista visual e músico Cabelo Cobra Coral,  reúne 15 obras em tela e chapa acrílica, criadas pelo multiartista maranhense Fernando Mendonça durante os shows da cantora.

O processo, intitulado live painting, consiste na criação das obras ao vivo no palco, simultaneamente às apresentações da cantora.

A ideia partiu de Rita, que percebeu a importância de registrar imagens dos deuses e deusas da mitologia africana.

Amigo e parceiro de Rita dos tempos em que moravam em São Luís, no Maranhão, Fernando Mendonça se reencontrou com Rita no Rio de Janeiro.

Foi Mendonça o responsável pela primeira identidade visual do projeto ao pintar a imagem da Cabocla Jurema, guia mestra do Tecnomacumba.

Rita e Jurema: guia mestra da Tecnomacumba   Foto Karen Eppinghaus/Reprodução

A foi uma das atrações da reabertura do Museu da História e da Cultura Afro-brasileira (Muhcab), na Gamboa, Zona Portuária.

E agora está em cartaz até o dia 5 de outubro no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, centro do Rio.

Como prova de que a Tecnomacumba foi mais do que um show, mas uma intervenção manifesta de brasilidade.

Dois artistas maranhenses unidos na arte e luz. Foto: Karen Eppinghaus/Reprodução

Todo o projeto é uma realização da Elza Ribeiro Produções e conta com patrocínio do Governo Federal, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Cultura, através doPrograma de Fomento à Cultura Carioca e da Lei Paulo Gustavo.

SERVIÇO

Exposição Canto, Cores e Telas – Tecnomacumba de Rita Benneditto pelo traço de Fernando Mendonça

Onde: Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica (Galerias 1, 2 e 3) Rua Luís de Camões, 68 – Centro

Quando: até o dia 05 de outubro de segunda-feira a domingo, de 10h às 18h

Quanto: Entrada gratuita

 

 

 

 

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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