A expressão Atotô, que significa um pedido de silêncio respeitoso, dá nome e guia a narrativa do espetáculo Atotô – Silêncio, o Rei Está na Terra, que reestreia na próxima segunda-feira (7) no Teatro Oficina.

A montagem, dirigida por Márcio Telles e encenada pela Cia Odara, rende homenagem a Obaluaê, orixá conhecido como o senhor da doença e da cura.

Com um elenco de cerca de 40 artistas – atrizes, atores, bailarinos, dançarinos, músicos e percussionistas – todos comprometidos em promover as culturas de matriz africana, a peça é uma grande celebração que utiliza a força destas tradições.

Cena da peça Atotô – Silêncio, o Rei Está na Terra. Foto: Divulgação

Segundo o diretor, Márcio Telles, Atotô é uma celebração à dualidade entre luz e sombra, amor e dor, inspirada nos Itans de Obaluaê.

O espetáculo, que volta aos palcos após sua estreia durante a pandemia, é apresentado no mês em que se comemora o aniversário de 63 anos do Teatro Oficina e coincide com o período de celebração de Obaluaê.

Rito-espetáculo

Ele descreve a peça como “um rito-espetáculo que une diversas linguagens para explorar a capacidade humana de adaptação e transmutação, assim como o próprio orixá que domina o poder da cura”.

Telles ressalta que o espetáculo é um convite para a reflexão sobre a resiliência e o aprendizado contínuo que surge dos desafios da vida.

Em cena, Exu, o mensageiro entre os mundos, abre o espetáculo, convidando o público a silenciar seus pensamentos e acompanhar o nascimento do grande rei negro, Obaluaê.

A peça é marcada por uma intensa fusão de percussões tradicionais, como atabaques e xequerês, com instrumentos eruditos, como violinos e violoncelos, criando uma atmosfera única que representa a união entre o sagrado e o terreno.

Atotô – Silêncio, o Rei Está na Terra

Onde: Teatro Oficina – Rua Jaceguai, 520, Bixiga, São Paulo

Quando: 7, 14, 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de outubroHorários: Segundas e sábados às 20h30, domingos às 18h30

Quanto: R$ 60 (inteira), R$ 30 (meia), R$ 5 (estudantes de escola pública, imigrantes, refugiados e moradores de movimentos sociais de luta por moradia, limitados a 10% da lotação diária). A bilheteria do teatro abre uma hora antes dos espetáculos.

 

 

 

 

 

 

 

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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