Na próxima quinta-feira (10), o Prêmio Nobel de Literatura anunciará o vencedor de 2024. Isso acontece todos os anos: no mês de outubro, os comitês da Suécia e Noruega revelam os vencedores em diversas áreas, e os laureados recebem suas medalhas e diplomas em dezembro, durante uma cerimônia em Estocolmo.
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O impacto disso no mercado editorial é imediato. As editoras se apressam para incluir em seus catálogos os autores mais citados como favoritos. O Prêmio Nobel tem o poder de transformar um escritor desconhecido em um best-seller, e as editoras costumam publicar suas obras antes que os direitos autorais encareçam.
Em sites de apostas, vários nomes são cotados. O jornalista Walter Porto, da Folha de S.Paulo, especializado no mercado literário, divulgou uma lista dos livros que as editoras brasileiras já estão preparando, esperando que possam ser dos próximos premiados.
Entre os favoritos está o romeno Mircea Cărtărescu, que teve seu “Solenoide” publicado pela Mundaréu. A editora Todavia, por sua vez, lançou “As Planícies”, do australiano Gerald Murnane, com a esperança de que ele se torne o primeiro autor da Oceania a receber o Nobel.
A canadense Anne Carson aparece em nada menos que quatro editoras, enquanto a russa Liudmila Ulítskaia figura no catálogo da 34, e a caribenha Jamaica Kincaid, que recentemente esteve na Feira do Livro, foi publicada pela Alfaguara.
Uma aposta
A aposta do Fringe é na autora chinesa Can Xue, ainda não publicada no Brasil. Segundo o tradutor e divulgador de literatura Daniel Dago, a editora Fósforo está trabalhando a todo vapor trabalhando na tradução da escritora chinesa, com Verena Veludo à frente da versão brasileira. A obra de ficção científica deve ser lançada sob o título “Histórias de Amor no Novo Milênio”.
A Fósforo é a mesma editora que acertou nos últimos dois vencedores, Jon Fosse e Annie Ernaux, além de ter publicado, no início deste ano, o argentino César Aira, o único latino-americano mencionado como um dos possíveis laureados.
