O Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, celebra 20 anos com a inauguração de três exposições no dia 23 de outubro. As mostras “Uma História do Poder na África,” “Popular, Populares,” e “Pensar e Repensar, Fazer e Refazer” exploram diferentes facetas da cultura, arte e história afro-brasileira. Com visitação de terça a domingo, das 10h às 17h, o acervo estará aberto gratuitamente às quartas-feiras, refletindo as duas décadas de trajetória e importância do museu para o Brasil.
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Uma História do Poder na África
Apresentada pelo Ministério da Cultura e inspirada pelas ideias de Cheikh Anta Diop, Uma História do Poder na África aborda a centralidade africana na formação das civilizações. A mostra destaca o Egito Antigo como parte essencial do continente, trazendo relíquias egípcias e obras que traçam conexões culturais entre o Egito e a África Subsaariana. Artistas contemporâneas como a angolana Damara Inglês e a guineense Gisela Casimiro exibem perspectivas críticas sobre ancestralidade africana.
O Trono do Reino Daomé, o Banco Luba e a Cabeça de bronze de Yoba são alguns dos artefatos de destaque, que reforçam a importância da cultura africana nas artes visuais e na história mundial. Com cinco núcleos temáticos, a exposição oferece um mergulho na essência do poder africano.
Popular, Populares
Com a exposição Popular, Populares, o museu revisita a pluralidade da arte popular no Brasil, questionando conceitos tradicionais sobre o que é considerado “popular”. Entre os destaques estão obras de Mestre Noza, Mestre Vitalino e Cândido Santos Xavier, que exploram desde formas multicoloridas até minimalismo. A mostra também inclui o trabalho de Mauro Firmino, com esculturas que retratam a “Família quilombola,” e obras de Resêndio e Manuel Graciano Cardoso, com sereias e seres míticos.
Essa exposição busca ampliar a compreensão do valor da arte popular brasileira, desafiando estereótipos e apresentando uma experiência imersiva para os visitantes.
Pensar e Repensar, Fazer e Refazer
A terceira mostra reflete o legado do Museu Afro Brasil como um espaço de resistência e transformação social. Pensar e Repensar, Fazer e Refazer revisita a trajetória de exposições como “Brasileiro, Brasileiros” (2004) e “Benin está vivo ainda lá” (2007), reforçando o papel do museu na preservação e promoção da cultura afro-brasileira.
Legado de Emanoel Araújo
Emanoel Araújo, que dirigiu o museu até 2022, foi um defensor incansável da cultura negra. Seu legado inspira a exposição, que simboliza a continuidade da missão de promover a cultura afro-brasileira. Com a nova mostra, o museu homenageia personalidades como Ruth de Souza e Carolina Maria de Jesus, que continuam inspirando as gerações futuras.
Museu Afro Brasil – Exposições
Onde: Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 10, São Paulo – SP
Quando: Abertura em 23 de outubro de 2024, das 10h às 17h
Quanto: Entrada gratuita às quartas-feiras