Kátia Mesel, cineasta pioneira de Pernambuco, será a homenageada no Janela Internacional de Cinema do Recife, que se inicia na próxima sexta-feira, 1º de novembro, e segue até o dia 8 nos cinemas São Luiz e Fundação Joaquim Nabuco (Sala do Museu). Com uma mostra exclusiva, o festival exibirá ao público parte dos filmes de Kátia, que passaram por um cuidadoso processo de restauração.
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Festival criado em 2008 pelos diretores Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux, o Janela Internacional de Cinema do Recife, festival anual que abriu portas para realizadores independente brasileiros e estrangeiros, e novos horizontes para gerações de pernambucanos amantes do cinema. O festival, que chega à sua 15ª edição, exibe mais de 100 filmes, incluindo longas e curtas nacionais e internacionais.
Nessa edição, a programação do Festival inclui lançamentos nacionais e internacionais, clássicos restaurados, sessões com música ao vivo, o retorno da premiação de curtas-metragens nacionais, além de ações formativas e homenagens, entre elas, à cineasta pernambucana Kátia Mesel.
Em entrevista a revista Continente, Mesel disse ter ficado. “Eu fiquei emocionadíssima! “[O Janela] abre para debates, abre para discussões e para o nosso umbigo com os filmes pernambucanos”, destaca Kátia.
Além de ser a primeira mulher cineasta de Pernambuco, entrou para a história como a primeira realizadora a participar de um festival de cinema no Brasil, com seu filme Rotor sendo selecionado para a Jornada Internacional de Cinema da Bahia, em 1973
Muito conhecida por seu documentário Recife de Dentro Para Fora (1997), Kátia Mesel se destaca como uma das primeiras mulheres a fazer cinema no Nordeste. A restauração de suas obras está em andamento no Centro Técnico Audiovisual do Rio de Janeiro. No Janela, a mostra especial apresentará algumas dessas obras pela primeira vez, enquanto outras retornarão às telas após décadas de preservação.
Clássicos e Estreias
Dentre os destaques, clássicos como Carrie, a Estranha, de Brian de Palma, Depois de Horas, de Martin Scorsese, e Golden Eighties, de Chantal Akerman.
O evento inclui ainda a exibição de obras brasileiras icônicas, como Iracema: Uma Transa Amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, e O Homem da Mata, de Antonio Luiz Carrilho. Além das homenagens e exibições, o Janela retoma a premiação para curtas-metragens nacionais, incentivando a nova produção cinematográfica.
Um dos destaques deste ano será a reabertura do Cine São Luiz com a exibição do longa brasileiro indicado a concorrer ao Oscar de Melhor Filme, Ainda Estou Aqui de Walter Salles (leia mais acima).
XV Janela Internacional de Cinema do Recife
Onde: Cinemas São Luiz e Fundação Joaquim Nabuco (Sala do Museu), Recife
Quando: 1º a 8 de novembro
Quanto: consultar programação