No mês nacional da consciência negra, uma exposição obrigatória é Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB RJ) até 17 de fevereiro de 2025.A mostra chama para um mergulho profundo na trajetória e resistência de artistas negros do Brasil, destacando uma linha evolutiva que se manifesta desde os primeiros registros históricos até as produções contemporâneas.

Quadro “Sebastiana”, de Victor Fidelis faz parte da mostra no CCBB RI. Foto: Divulgação

Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira é um desdobramento do Projeto Afro, em desenvolvimento desde 2016 e lançado em 2020, que hoje reúne cerca de 300 artistas catalogados na plataforma com curadoria geral de Deri Andrade. Esta lista de nomes abarca um vasto período da produção artística no Brasil, do século 19 até os contemporâneos nascidos nos anos 2000.

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Neste recorte específico em cartaz no CCBB RJ, a mostra discute eixos temáticos em torno de artistas negros essenciais: Arthur Timótheo da Costa (RJ, 1882-1922), Lita Cerqueira (BA, 1952), Maria Auxiliadora (MG, 1935 – São Paulo, SP, 1974), Mestre Didi (BA, 1917- 2013) e Rubem Valentim (BA, 1922- São Paulo, SP, 1991).

Cada um desses nomes  e conecta em uma encruzilhada com outras dezenas artistas contemporâneos de diversas regiões do Brasil  em um espaço que inclui pinturas, fotografias, esculturas, instalações, vídeos e documentos.

Uma das peças da exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira. Foto: Divulgação

Para a equipe curatorial do Projeto Afro, a exposição busca recontar a história das artes visuais brasileiras ao lançar luz sobre produções que, historicamente, foram marginalizadas ou não referenciadas.

“A arte negra sempre esteve presente nos momentos cruciais da nossa história, influenciando e sendo influenciada pelos contextos culturais e políticos de cada época”, explica a nota da curadoria.

Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira

Onde: térreo e galerias do 2º andar do CCBB RJ (Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro).

Quando: até 17 de fevereiro de 2025

Quanto: entrada gratuita

 

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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