Ele é um dos novos expoentes do rap nacional ou “uma das canetadas mais importantes que temos”, como já disse Emicida. Os seus últimos lançamentos, por exemplo, figuraram em várias listas como os melhores álbuns do estilo desde que lançou Dolores Dala, Guardião do Alívio, em 2021.
Na verdade, a sonoridade recorrente que veio na sequência com o EP Fim das Tentativas (2022) e Escuro Brilhante, Último dia no Orfanato Tia Guga (2023) transforma todos esses discos em uma espécie de trilogia. Ou seja, eles contam uma história que o rapper encaixa perfeitamente entre um e outro.
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Obviamente Cartazes, lançada recentemente, não ficaria de fora. A música, que tem produção dividida entre o próprio Rico Dalasam, Dinho Souza e Moisés Guimarães, fala sobre a auto procura que o artista retrata de si mesmo, o que já deixa muito mais claro que as questões intrínsecas, sejam amorosas ou não, fazem parte do seu portfólio de letras. E isso é lindo!
“‘Cartazes’ nasce de uma necessidade de refletir sobre um tema recorrente que surgiu nas minhas obras recentes: o desejo de sumir dentro do imaginário social. Esse desejo que existe e muitas vezes é evidenciado e verbalizado pelas pessoas no cotidiano. A faixa medita sobre esse sumiço em direção a um encontro pessoal ou um reencontro com uma parte perdida de si mesmo. Eu queria organizar esse desejo coletivo, essa vontade que a gente vê nas pessoas o tempo todo, mas que é difícil de expressar”, explica Dalasam no texto de apresentação do material.
Ele se apresenta no dia 20 de dezembro no Cine Jóia, em São Paulo.
A trilogia de Rico Dalasam
Uma das mais belas canções de Dolores Dala, Guardião do Alívio é Estrangeiro. Talvez uma das mais belas não só do disco, mas de sua carreira.
Guia de Um Amor Cego, do EP Fim das Tentativas, é uma obra em forma de letra e conta com a participação de Céu.
Imã é o destaque de Escuro Brilhante, Último dia no Orfanato Tia Guga. Aqui ele explora levantes veranis na composição sonora.