Dezembro é um mês esperado pelos fãs de música. É quando o aplicativo Spotify revela para cada ouvinte quais foram as bandas ou artistas mais executados por ele no decorrer do ano. Ou seja, uma lista que remete ao imaginário de cada indivíduo situações que fizeram dar play em determinada música, seja um lançamento ou até mesmo reviver a memórias de canções passadas. Um saudosismo bem comum nos dias de hoje.
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Isso tudo faz com que a plataforma também investigue quais foram os “tops” do ano e nisso, fica evidente que quase nada mudou de tempos pra cá, especialmente no Brasil. O domínio sertanejo que busca emplacar quase todos os dias o topo dos charts faz do estilo o mais ouvido do país… novamente. São nomes como Jorge & Mateus, Zé Neto & Cristiano, Ana Castela, Simone Mendes, Henrique & Juliano e tantos outros que cavam no agro (e agro pop) a busca incessante por mais ouvintes em uma indústria inflada de aporte financeiro. Isso sem contar as paradas das rádios populares, que ainda têm grande impacto especialmente pelo interior do país.
No contraponto existe um Brasil funk/trap/pop, onde figuram nomes como Luisa Sonza, Filipe Ret e Matuê. E embora o sertanejo tenha um domínio interiorano (e claro, em grandes cidades), é perceptível que este Brasil do funk/trap/pop acabe sendo mais urbano. Nasce em boa parte nas periferias mas também ganha a indústria a medida que as produções ganham mais elementos e feats, afinal, se tem uma coisa que funciona ultimamente para os charts são os feats.
Um adendo para o pagodinho de Ludmilla, Menos é Mais, Dilsinho e uma tímida Anitta, que figurou apenas com uma música (Funk Rave) na retrospectiva do Spotify.
O Pop e o Rap no topo no Spotify global
Existem quatro artistas femininas que deram o nome em 2024: Taylor Swift, Sabrina Carpenter, Chappell Roan e Billie Eilish. Entre os homens, destaque para The Weekend, Drake, Peso Pluma e Kendrick Lamar.
Há décadas o pop dá a letra do que se ouve no mundo. Desde a ascensão do estilo com as boy bands e o surgimento das primeiras divas pop no final da década de 90, é praticamente impossível bater a fórmula que vem dando certo desde então.
Sabrina Carpenter, por exemplo, deu um salto na carreira em 2024 com o hit Espresso. Esta, por sinal, foi a música mais ouvida do ano. Já Chappell Roan emergiu no cenário inserindo Good Luck Baby à 14° posição.
No rap, mais uma vez o mexicano Peso Pluma foi destaque com La Patrulla e A Tu Manera. Kendrick Lamar foi destaque na 21° posição de canções mais ouvidas do ano e Timeless (With Playbo Carti) do The Weekend figura em segundo no Top Artists 2024.
O Mundo não é Brat?
Em junho, Charli XCX alçou ao mundo o álbum Brat, que se tornou viral em pouquíssimo tempo, ganhando notoriedade especialmente nas redes sociais. Entretanto, passado o estrondoso sucesso onde tudo era Brat, o disco parece ter atingido uma bolha específica e permanecido nela, tanto que ficou de fora da retrospectiva Spotify.
Flop?
Beyoncé é uma das maiores cantoras do mundo e cada disco da texana é aguardado com ansiedade. Porém, seu último lançamento intitulado Cowboy Carter, passou longe do esperado pelos fãs e posicionou apenas TEXAS HOLD ’EM em 41° lugar.