Se vivo estivesse, o líder seringueiro Chico Mendes completaria 80 anos no próximo dia 15 de dezembro. Mendes, porém, foi assassinado em 1988. De lá para cá, o Brasil o incluiu na lista de “Heróis da Pátria”, o declarou patrono do Meio Ambiente e criou um instituto para defendê-lo, que leva o seu nome.
E para celebrar a sua história, na semana que vem, entre os dias 15 e 22, vai acontecer o evento Chico 80 Anos: A Luta Continua, nas cidades de Rio Branco, a capital do Acre, e Xapuri, cidade natal de Chico Mendes.
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A programação cultural, política e educativa da “semana Chico Mendes” convida os participantes a reviverem o espírito dos célebres “empates”, como eram chamadas as mobilizações pacíficas em que seringueiros se uniam sob a liderança de Chico para impedir a destruição da floresta.
Empate
Serão rodas de conversa, atos culturais, exposições e filmes sobre a Amazônia, entre os quais Empate, apropriado nome do documentário do diretor Sérgio Carvalho que está em algumas salas de cinema pelo Brasil e será exibido.
O filme, que estreou na Mostra de Cinema, revisita o movimento seringueiro no Acre das décadas de 1970 e 1980 com histórias inspiradoras dos companheiros de luta de Chico Mendes e mostra como a resistência se mantém viva na floresta até hoje.
Filmado em parceria com o Comitê Chico Mendes, o documentário também mostra que a forma como o país lida com o extrativismo tem consequências sociais e ambientais violentas que afetam a sociedade até os dias de hoje.
Arquivos
Empate reúne vasto material de arquivo que inclui as filmagens de Adrian Cowell, cineasta da BBC que registrou a devastação da floresta amazônica nos anos 1970, conheceu Chico Mendes e se dedicou a filmá-lo e acompanhá-lo. Outro precioso material é a última entrevista com Chico Mendes, concedida poucas semanas antes de sua morte, ao jornalista Edilson Martins.
Confira toda a programação do evento Chico 80 Anos: A Luta Continua aqui.