1975. O auge da ditadura militar, mas também um dos períodos mais produtivos para a Música Popular Brasileira. Naquele longínquo ano, o Estado da Guanabara e do Rio de Janeiro se fundiram e deram origem ao Estado do Rio de Janeiro. Vladimir Herzog foi assassinado no DOI-Codi, em São Paulo e perdemos Érico Veríssimo quase ao mesmo tempo que viriam ao mundo Angelina Jolie e 50 Cent. Foi também quando Paul Allen e Bill Gates lançaram a Microsoft.
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No Brasil, um movimento intenso oriundo da pós-tropicália revelou uma safra de discos inesquecíveis, que mesmo após tanto tempo, é parte fundamental da discografia da música brasileira. Uma época de ouro para a criatividade sonora, mas também dura com relação à censura imposta pela ditadura.
Discos Brasileiros 50 anos
Foi aonde Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Tim Maia, Gal Costa, Caetano Veloso entre outros nomes, ganharam ainda mais notoriedade com obras gigantescas. Veja abaixo alguns destes clássicos que completam 50 anos em 2025.
Gilberto Gil – Refazenda
Baião e ritmos nordestinos deram a cara de um dos maiores lançamentos de Gil. Um disco mais calmo e simples e que deu origem à trilogia completada por Refavela (1977) e Realce (1979), tendo ainda no meio destes o álbum ao vivo com Rita Lee, o Refestança (1977).
Tim Maia – Racional
Quinto álbum de estúdio do cantor e compositor, Racional é um dos pontos altos da carreira de Tim Maia. O registro foi amplamente ignorado na época em que surgiu e chegou a ser relançado somente após a morte do artista.
Raul Seixas – Novo Aeon
Após o estrondoso sucesso de Gita e o rompimento com o empresário Guilherme Araújo, Raul Seixas também experimentou a recepção fria da crítica, especialmente pela mudança de sonoridade e abordagem, que deixou o misticismo de lado e trouxe o cotidiano.
Jorge Ben – Solta o Pavão
A mistura de samba, rock, soul, funk e samba-rock do alquimista, o álbum Solta o Pavão, por vezes é esquecido dentro da carreira de Jorge Ben. Não pra menos, o disco saiu entre dois clássicos: Tábua de esmeralda (1974) e África Brasil (1976). Se você também deu pouca chance para essa obra, ouça de novo!
Caetano Veloso – Qualquer Coisa
Inicialmente pensado como álbum duplo junto ao disco Jóia, Qualquer Coisa leva uma capa que faz referência à de Let It Be dos Beatles, com uma colagem de quatro fotos. Abstrato, o trabalho também traz 3 regravações do quarteto inglês: Eleanor Rigby, For No One e Lady Madonna.
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