Neste verão de 2025, começam pela Bahia as comemorações dos 40 anos do movimento cultural que chamamos de Axé Music. Historicamente, o marco inicial foi o lançamento da música “Fricote”, por Luiz Caldas, no disco Magia, em 1985, que ganhou o mundo. Desde o começo do ano, uma série de ações vem acontecendo na capital baiana para homenagear as quatro décadas do Axé.
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Entre as ações, estão apresentações musicais, aulões de dança, desfiles percussivos animando as ruas e vielas, além do Especial Axé 40, com shows em microtrios de artistas consagrados do gênero. Veja a programação aqui.
Outra atração é o Verão Axé 40 na Orla e nos Bairros, que descentraliza as festividades com apresentações artísticas em diferentes pontos da cidade, integrando as comunidades de Salvador à comemoração.
Exposição celebra força do Axé Music
Nesta sexta-feira (17), a ministra da Cultura Margareth Menezes, uma das artistas fundamentais da Axé Music, abre a exposição Axé: A Força Sonora e Visual de um Movimento, na CAIXA Cultural Salvador. A mostra, que fica em cartaz até 16 de março de 2025, ocupa dois andares da CAIXA Cultural. Ela reúne peças históricas, que permitem ao público vivenciar a trajetória do Axé Music por meio de itens icônicos, interatividade e experiências digitais.
Entre os destaques, estão figurinos históricos d atual ministra e a famosa moto de Durval Lélys, ícone das apresentações no Carnaval de Salvador. Também são exibidas capas de discos, instrumentos e outros objetos que marcaram a popularização do gênero.
A curadoria é assinada por Jonga Cunha, músico e produtor cultural. “A exposição é uma oportunidade única de imersão na rica história do Axé, não só como movimento musical, mas como uma revolução cultural que impactou o Brasil e o mundo. Cada peça aqui exposta tem uma história que merece ser contada e vivida pelo público”, comenta.
Experiências interativas
Uma das principais atrações é o Palco Experiência, onde os visitantes poderão participar de uma simulação de passagem de som, utilizando bateria, teclado e percussão, recriando o ambiente de estúdio de uma banda de Axé.
Outra grande atração é o Acervo de Sons, uma ferramenta digital interativa que oferece uma seleção das músicas gravadas no estúdio WR, onde muitos dos primeiros sucessos do Axé foram produzidos. A exposição permanece aberta ao público até 16 de março, de terça-feira a domingo, das 9h às 17h (veja o serviço completo abaixo).
A origem do Axé Music
O Axé Music pode ser considerado um gênero musical afro-pop-baiano surgido em Salvador na década de 1980. Ele mistura diversos estilos com raízes africanas e baianas, incluindo ijexá, samba-reggae, frevo, reggae, merengue, forró e samba duro. O nome deriva de uma saudação do candomblé que significa “energia positiva”.
Uma forma essencial de compreender esse movimento cultural é por meio do documentário Axé – Canto do Povo de Um Lugar, dirigido por Chico Kertész e lançado em 2016. Premiado em 2017 no Festival de Filme Independente da Áustria, o longa reúne imagens raras de arquivo e depoimentos de grandes nomes do Axé Music, como Bell Marques, Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Wesley Rangel, Max Pierre e Saulo.
Axé: A Força Sonora e Visual de um Movimento
Onde: Rua Carlos Gomes, nº 57, Centro
Quando: 26 de dezembro de 2024 até 16 de março de 2025, de terça-feira a domingo, das 9h às 17h
Quanto: entrada gratuita