O Último Azul, novo filme de Gabriel Mascaro (Boi Neon, Divino Amor), terá sua estreia mundial na competição oficial do Festival de Berlim, de 13 a 23 de fevereiro.
Estrelado por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e Adanilo, o longa se passa em uma Amazônia distópica, onde o governo exila idosos para colônias habitacionais.
Antes de seu exílio compulsório, Tereza, de 77 anos, embarca numa viagem rios para realizar um último desejo, numa trama que aborda resistência e amadurecimento.
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A obra compete ao Urso de Ouro, com o diretor Todd Haynes como presidente do Júri. “Só a seleção para a Berlinale já é uma vitória para o cinema brasileiro. Ver nossa cultura pujante novamente é o maior prêmio”, afirma Mascaro. Esta é sua segunda participação no evento, após Divino Amor ser exibido na Mostra Panorama em 2019.
Rachel Daisy, produtora, destaca a relevância da seleção: “Essa conquista reflete a força do cinema brasileiro, após um período desafiador. Nosso filme fala de resistência, esperança e o direito de sonhar. A produção envolveu trabalhadores do Norte e Nordeste do Brasil, além de colaboradores do México, Chile e Cuba, reforçando a importância das políticas públicas.”
Para o ator Rodrigo Santoro o reconhecimento internacional “mostra a potência do cinema brasileiro independente, feito com garra e talento. Sigo acreditando nesse cinema desde Bicho de Sete Cabeças.”
Volta ao páreo
O Último Azul é o primeiro filme brasileiro na competição oficial desde 2020. No passado, o Brasil venceu o Urso de Ouro com Central do Brasil (1998), de Walter Salles, e Tropa de Elite (2008), de José Padilha.
A produção é assinada por Desvia (Brasil) e Cinevinay (México), com coprodução da Globo Filmes (Brasil), Quijote Films (Chile), e Viking Film (Países Baixos). A distribuição no Brasil será da Vitrine Filmes, com estreia prevista para 2025.