O cantor e compositor paraibano Vital Farias faleceu nesta quinta-feira (6), aos 82 anos. A morte foi confirmada por seus familiares, que informaram que ele estava internado no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, na Grande João Pessoa, devido a complicações cardíacas.
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Nascido na zona rural de Taperoá, no Cariri paraibano, em 1943, foi o caçula de 14 irmãos. Aprendeu a ler com suas irmãs por meio da Literatura de Cordel. Aos 18 anos, começou a estudar violão de forma autodidata e mudou-se para João Pessoa para servir o Exército.
Na década de 1970, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se formou em Música. Em 1978, lançou seu primeiro álbum homônimo. Sua primeira composição gravada, “Ê mãe”, surgiu em parceria com Livardo Alves e foi interpretada por Ari Toledo.
Vital Farias conquistou reconhecimento nacional com canções como “Canção em Dois Tempos”, que destacavam sua habilidade para unir humor e elementos da cultura nordestina. São de sua autoria músicas como “Sete cantigas para voar” e “Ai que saudade de ocê”, um dos maiores sucessos da carreira de Elba Ramalho e também gravada por Zeca Baleiro.
Ao longo de sua trajetória, colaborou com artistas de renome como Geraldo Azevedo, Xangai e Elomar, especialmente nos projetos “Cantoria”. Sua composição “Veja”, eternizada na voz de Geraldo Azevedo, é um dos clássicos da MPB.
Em 2021, foi internado devido à Covid-19, mas se recuperou em casa após receber alta hospitalar. A Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba (Secult-PB) divulgou uma nota oficial lamentando sua partida e ressaltando que o artista deixa um legado cultural valioso, que transcende o tempo.