Com informações da assessoria de imprensa
Pará. Berço de uma cultura singular que abrange diversas manifestações, sejam elas na culinária, moda e claro, na música. A música paraense, aliás, que traz em boa parte referências indígenas, é um dos pontos altos. É de lá que vem o tradicional Carimbó, e Lundu Marajoara, o siriá, a guitarrada, a lambada, o brega, o tecnobrega, entre outros.
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E em um estado com tanta diversidade, obviamente o movimento artístico da região explode em novidades. E essa é um dos motivos que o selo Caqui lança Marés, uma coletânea que amplifica as vozes da nova cena musical paraense, explorando sua riqueza e diversidade sonora. O álbum, com 9 faixas, reflete a fusão entre pop e ritmos amazônicos, conectando o tradicional ao experimental. Indo do carimbó ao tecnobrega, passando pelo indie, o projeto aborda novas perspectivas sobre identidade e pertencimento.
Com interpretações autênticas, Marés traz faixas inéditas de Sidiane Nunes, Agarby feat. Layana, W Mateu-U, Paulyanne Paes, Lina Leão, Mist Kupp, COUT (duo de rock amazônico), Helena Ressoa, Matheus Pojo e Jheni Cohen, além da participação de instrumentistas como Lariza e Larissa Medeiros.
Todos os artistas participaram ativamente da curadoria, arranjos e produção musical, tornando Marés um registro genuíno da nova geração de músicos paraenses.
“A possibilidade de reunir artistas de diferentes regiões de Belém e do estado enriquece e atualiza a história da nossa música de forma natural. O Pará é uma terra ancestral, mas também está profundamente conectado com as tendências do mundo inteiro”, comenta Reiner.
As faixas transportam para um movimento um pouco oposto ao habitual, aquele que costumamos identificar como uma tradicional canção paraense, mesmo que beba, em muito, na fonte dos ritmos locais. Fica perceptível que essa nova geração de artistas, que também procuram outras referências, saiam um pouco da curva e invistam em novas frentes.
O selo Caquí, idealizado por Pratagy e Reiner, busca tornar a cena musical da cidade das mangueiras mais sustentável e acessível. O projeto foi selecionado pelo edital Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Pará (Semear), ao lado de nomes como AQNO, Caquiado, Festival Apoena e Rawi. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para mais de 80 projetos até 2022, em diferentes formatos e estágios de carreira, como Dona Onete, Raidol, Nic Dias e os festivais Mana, Lambateria e Psica.
Além do lançamento nas plataformas digitais, Marés terá edições especiais em vinil e fita K7, um espetáculo ao vivo e um filme-manifesto dirigido por Anna Suav, que documenta a potência e pluralidade dessa nova cena.