Um projeto que busca dar visibilidade a novos artistas ao mesmo tempo que contempla outros já consagrados. Já são 13 temporadas – desde 2012 – em que o Brasis no Paiol é um respiro na cena independente e traz shows disputados a preços acessíveis. Uma proposta que vem dando certo desde então e que já trouxe nomes como Juçara Marçal, Bia Ferreira, Mahmundi e o disputadíssimo último show da Mulamba.
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Na produção desde o início do projeto, Bina Zanette (Santa Produção), conta que sentiu uma brecha para artistas em ascensão que ainda não tinham um espaço para apresentar seus trabalhos, sobretudo sem aporte financeiro. Foi daí que surgiu a ideia de chamar seu parceiro, Heitor Humberto (Fineza Comunicação e Cultura) e criar o Brasis em um dos espaços mais icônicos de Curitiba: o Teatro Paiol.
Foi um movimento muito importante na época para a cidade, porque o Paiol estava meio que sem um olhar do público para consumo (…) então a gente fez meio que uma reocupação do Paiol na época, foi um movimento muito interessante. Relembra Bina.
Desde então, a diversidade de artistas desfilou por lá e por outros palcos, ganhou uma versão online transmitida na pandemia e voltou ao seu lar em 2023, sempre com uma curadoria cuidadosa e que faz questão de incluir indicadores de raça, gênero e diversidade sexual entre os cantores e grupos escolhidos e principalmente, quem está se lançado na cena agora. Manter um olhar para todas as regiões do país também é imprescindível, para que o máximo da cultura nacional seja explorada.
Um ponto importante do evento é o valor acessível dos ingressos, algo que para a produção é de extrema importância, independe do incentivo de cada temporada. E talvez por isso o sucesso tenha se consolidado tanto, afinal, as entradas esgotam em minutos a partir da abertura da bilheteria, o que demonstra a fidelidade do público que acompanha o Brasis ao longo do tempo. Ou seja, uma verdadeira formação de plateia para a boa música.
Muitas das pessoas pessoas vão ao Brasis sabendo que vão encontrar trabalhos interessantes, muita vezes sem saber quem são os artistas, então a gente firmou esse conceito e o público aderiu. Os ingressos esgotam muito rápido, então às vezes a gente faz duas sessões, dependendo do “calor” do público. Comenta Bina.
Hoje, o calendário do Brasis no Paiol é esperado e celebrado. Uma história de sucesso que esperamos que ainda rendam ótimos shows. Vida longa!
KAÊ GUAJAJARA ABRE A TEMPORADA 2025 DO BRASIS NO PAIOL
Artista indígena é a primeira atração da 13a temporada do projeto. Kaê se apresenta no Teatro Paiol no dia 24 de abril
Kaê Guajajara é cantora, compositora, atriz, autora e ativista pelos direitos indígenas e meio ambiente. Seu trabalho musical tem como base a inovação e as raízes ancestrais indígenas, matriz da música brasileira com diversas influências culturais que continuam a moldar e redefinir o cenário musical no Brasil e além. Nascida no Maranhão e criada no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, Kaê é engajadora da MPO: Música Popular Originária, e expande a partir de suas composições e musicalidade, a visibilidade dos povos originários no contexto do mundo presente.
No Brasis no Paiol, ela apresenta show Forest Club, um envolvente convite em coexistir na floresta e na cidade a partir de sonoridades vibrantes, combinando a MPO – Música Popular Originária com amapiano, funk, french house, eletrônica, pop, dance music, disco, afrohouse e funaná, promovendo uma grande celebração ao bem viver e valorizando a cosmovisão indígena. A faixa “Constantine na Floresta” que integra o álbum Forest Club já alcançou 1.9M de views na Deezer Sessions.
O line-up da temporada deste ano ainda conta com Sued Nunes, Maria Beraldo, Mãeana, Tassia Reis, entre outros.
Confira a programação completa em: @santaproducao