O cinema brasileiro voltou a brilhar no Festival de Cannes. Neste sábado (24), o longa O Agente Secreto garantiu três prêmios na edição 2025 do evento francês. Wagner Moura foi consagrado como Melhor Ator e Kleber Mendonça Filho recebeu o prêmio de Direção. O filme também levou o prêmio da crítica internacional Fipresci e o Prix des Cinémas Art et Essai, da Associação Francesa de Cinemas de Arte e Ensaio.
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Dirigido por Mendonça Filho, o filme é ambientado no Recife de 1977, em meio à ditadura civil-militar. Moura interpreta Marcelo, um cientista que retorna à sua cidade natal e passa a ser perseguido por agentes da repressão. A obra tem sido destacada como um thriller político denso e atual, com ecos da repressão e reflexões sobre memória e resistência.
Aclamado por publicações internacionais como Variety e BBC, o filme teve sua estreia mundial no último domingo (18), durante o festival, e foi aplaudido por vários minutos. O reconhecimento pelo júri da Fipresci — principal associação de críticos de cinema do mundo — reforça o impacto internacional da obra brasileira.
Apesar do destaque, O Agente Secreto não levou a Palma de Ouro, principal premiação de Cannes, que foi entregue ao longa Un Simple Accident, dirigido pelo iraniano Jafar Panahi. Ainda assim, a produção brasileira consolida seu espaço entre os grandes nomes do cinema mundial, com roteiro, direção e atuações de alto nível.