O Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), promove a segunda edição do festival Jardim Sonoro nos dias 11, 12 e 13 de julho. Realizado em meio ao acervo de arte contemporânea e ao jardim botânico do museu, o evento propõe um mergulho na potência da voz, não apenas como canto, mas também como manifestação política, poética e afetiva. A entrada é gratuita para quem já estiver no Inhotim, mediante o pagamento do ingresso regular.

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Com curadoria de Júlia Rebouças e Marilia Loureiro, a programação reúne artistas com vozes diversas e marcantes, como Djuena Tikuna (AM), Mônica Salmaso (SP), Luiza Brina (MG), Cécile McLorin Salvant (EUA), Josyara (BA), Tetê Espíndola (MS), Ilê Aiyê (BA) e Brisa Flow (MG). O festival se conecta ao programa artístico do Inhotim em 2025, marcado por temas como território, povos originários e novas relações com a natureza.

Monica Salmaso. Foto: Lorena Dini

Segundo Júlia Rebouças, diretora artística do Inhotim, “a curadoria propõe uma escuta da voz como instrumento e como pensamento, que se expressa no canto, na fala, na experimentação e na memória”. A ideia é que o Jardim Sonoro atue em sintonia com o conjunto do museu, reverberando também as discussões propostas pelas exposições em cartaz e pelo programa educativo.

Palcos inéditos 

A cantora norte-americana Cécile McLorin Salvant. Foto: Karolis Kaminskas

Neste ano, o festival estreia dois novos palcos: o Palco Desert Park, montado ao lado da obra homônima de Dominique Gonzalez-Foerster, e o Palco Piscina, próximo à instalação de Jorge Macchi. As apresentações nestes espaços descentralizados propõem novos percursos físicos e sensíveis, integrando arte, música e paisagem de maneira inédita.

“Nosso desejo é que a pessoa visitante vivencie o festival de forma mais integrada ao Inhotim. Ao se deslocar por outros territórios do parque, ela experimenta a arte em camadas”, explica Rebouças.

Programação

Na sexta-feira (11), o festival abre com Djuena Tikuna, cantora e ativista do povo Tikuna, no Alto Solimões. Seu espetáculo “Torü Wiyaegü” apresenta cantos de origem, rituais, canções infantis e de resistência. A apresentação dialoga diretamente com a Galeria Claudia Andujar | Maxita Yano, inaugurada em 2025, e com a exposição do artista indígena guatemalteco Edgar Calel, anunciada para o segundo semestre.

Djuena Tikuna. Foto: divulgação

No sábado (12), a mineira Luiza Brina apresenta o show do disco “Prece”, marcado por um repertório de sonoridades coletivas e devocionais. Em seguida, Mônica Salmaso revisita o cancioneiro brasileiro com sua interpretação sofisticada e pesquisa musical. À tarde, a cantora norte-americana Cécile McLorin Salvant apresenta uma performance minimalista de jazz contemporâneo com voz e piano.

A cantora Josyara. Foto: Juh Almeida

O domingo (13) começa com Josyara, que sobe ao palco com sua banda e seu violão percussivo para mostrar composições autorais e releituras. Em seguida, Tetê Espíndola apresenta seu repertório inspirado pelo cerrado. O bloco afro Ilê Aiyê transforma o palco em um terreiro musical com canto, dança e ancestralidade negra. O encerramento fica por conta de Brisa Flow, com uma discotecagem poética e experimental baseada no álbum Janequeo.

Sobre o festival

o grupo Ilê Aiyê se apresenta no Inhotim. Foto: divulgação 

Criado em 2024, o Jardim Sonoro se firmou como um espaço de experimentação musical e sensorial no Inhotim. Sem se restringir a gêneros musicais, o festival busca destacar propostas artísticas que dialoguem com os temas e ações do museu. Mais do que um evento musical, é uma extensão das práticas curatoriais da instituição.

O festival conta com patrocínio da Vale (Mantenedora Master), Cemig (Parceria Estratégica), Shell (Patrocínio Master), B3 (Patrocínio Prata) e Banco Mercantil (Patrocínio Bronze), por meio das leis de incentivo à cultura federal e estadual de Minas Gerais.

Jardim Sonoro – Festival de Música Inhotim (2ª edição)

Onde: Instituto Inhotim, Brumadinho (MG)
Quando: 11, 12 e 13 de julho de 2025
Quanto: Gratuito mediante ingresso regular do Inhotim

Programação musical
Sexta-feira, 11 de julho
15h – Djuena Tikuna

Sábado, 12 de julho
11h – Luiza Brina
13h – Mônica Salmaso
15h – Cécile McLorin Salvant

Domingo, 13 de julho
11h – Josyara
13h – Tetê Espíndola
15h – Ilê Aiyê
16h – Brisa Flow

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