A Trupe Ave Lola, companhia teatral de Curitiba, é correalizadora da 1ª Virada Amazônica, festival que promove uma expedição cultural pela Amazônia entre os dias 4 e 13 de julho. Com sede em Manaus e atuação em comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, o evento celebra o encontro entre teatro, sustentabilidade e saberes tradicionais.

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Idealizada pelas produtoras culturais Laura Tezza, Dara van Doorn e Maria Eugênia Tezza, com direção artística de Ana Rosa Genari Tezza, a Virada Amazônica é fruto de mais de dez anos de intercâmbio entre artistas, educadores, ambientalistas e comunidades ribeirinhas. O projeto é realizado pela Academia Amazônia Ensina (Acae) e Entre Mundos Produções Artísticas, com patrocínio da BASF via Lei de Incentivo à Cultura.

Cena de ‘Romeo e Julieta’. Foto: Gus Benke

A programação inclui 11 apresentações teatrais, três oficinas gratuitas de formação artística para crianças e jovens, intercâmbio de trupes e gravação de podcast e documentário com lideranças locais. A estimativa é impactar mais de 6 mil pessoas diretamente.

Peças e sinopses

  • Manaós – Uma Saga de Luz e Sombra (Ave Lola) Ambientada no ciclo da borracha, a trama acompanha três mulheres de diferentes origens em uma Manaus de 1911, repleta de contrastes e desafios. O espetáculo traz influências da obra de Miyazaki e da literatura amazônica.
  • Romeu e Julieta (Ave Lola) Um ator solitário decide remontar o clássico de Shakespeare em um teatro abandonado. A montagem mistura teatro de objetos, canções ao vivo e manipulação de bonecos em um tributo à paixão e à liberdade.
Cena de ‘Capivaras rebeldes’. Foto: Lari de Lima
  • Capivaras Rebeldes (Ave Lola) Com humor e música ao vivo, o show narra as aventuras de uma banda formada por capivaras ex-popstars em turnê pela floresta. Ideal para todas as idades, a apresentação mistura jazz, palhaçaria e brincadeiras.
  • As Cores da América Latina (Panorando Cia.) Espetáculo de teatro e dança inspirado em festas populares da América Latina, como a Huaconada (Peru) e a Fiesta de La Tirana (Chile), com visualidade marcante, uso de máscaras e trilha sonora original.

Oficinas formativas

  • Interpretação Teatral e Dança Com Ane Adade e Helena Tezza, propõe um mergulho no corpo em cena, por meio de jogos e improvisações acessíveis a diferentes níveis de experiência.
  • Música para Teatro Ministrada por Arthur Jaime e Breno Monte Serrat, explora ritmos, improvisações e paisagens sonoras como elementos cênicos.
  • Escrita Criativa Com Ana Rosa Genari Tezza, estimula a produção de textos poéticos e narrativos a partir da memória, do território e da escuta.

Ações e impacto

Além das apresentações e oficinas, a Virada Amazônica promove uma mostra de processos com os jovens das oficinas, gravação de podcast com lideranças locais e um documentário sobre a relação entre arte e floresta. O evento também inclui o encontro “Norte e Sul”, que aproxima artistas da Amazônia e de outras regiões.

Foto: Gus Benke

A Virada é uma plataforma de escuta, intercâmbio e formação que entende a arte como ferramenta de transformação coletiva e sustentabilidade.

Virada Amazônica – Arte e Sustentabilidade

Quando: 4 a 13 de julho de 2025
Onde: Teatro Amazonas, Centro Cultural Palácio da Justiça (Manaus), Comunidades do Tumbira e Santa Helena do Inglês (RDS do Rio Negro)
Quanto: gratuito nas comunidades; ingressos entre R$ 10 e R$ 60 no Teatro Amazonas

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Realização

Fringe é uma plataforma de comunicação e entretenimento sobre arte e cultura brasileiras criada dentro do Festival de Curitiba e conta com o patrocínio da Petrobras

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