A companhia brasileira de teatro inicia uma nova etapa de sua trajetória internacional com a residência Voo Livre – História, no Festival Paris l’été 2025. O projeto é coordenado e dirigido por Marcio Abreu, reunindo 12 artistas do Brasil e da França em uma proposta que amplia a pesquisa cênica do grupo sobre memória, história e processos criativos coletivos.
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Combinando dança, teatro e música, o trabalho será apresentado em quatro sessões públicas entre os dias 25 e 31 de julho, em dois espaços parisienses: a Fondaction Fiminco, em Romainville, e o Lycée Henri Bergson, em Paris. As apresentações integram a programação oficial do Ano Cultural Brasil-França 2025, com apoio da CAIXA, da Jerimum Ideias e da Funarte, vinculada ao Ministério da Cultura.
Nos últimos anos, manteve repertório ativo e circulação internacional. Suas criações mais recentes são AO VIVO [dentro da cabeça de alguém] (2024) e SEM PALAVRAS (2021). O núcleo da companhia é formado por Marcio Abreu, Nadja Naira, Cássia Damasceno e José Maria.
Espaço de criação contínua
A residência integra a plataforma Voo Livre, lançada em 2023 pela companhia com o objetivo de articular ações de formação, intercâmbio, criação e apresentação. A proposta é investigar o entrelaçamento entre narrativas íntimas e coletivas, criando um território artístico em que performance, partilha e pedagogia atuam simultaneamente. “É começo, meio e começo”, define Marcio Abreu, inspirando-se no pensador Nêgo Bispo.
Além da criação de espetáculos, a plataforma propõe encontros formativos, visitas guiadas e debates sobre o fazer artístico em contextos sociais diversos. A estrutura é processual, mas também se afirma como obra autônoma, em diálogo com públicos diversos.
Performances e encontros
Participam da criação os artistas brasileiros Cristina Moura, Cássia Damasceno, Felipe Storino e Rafael Bacelar, ao lado dos franceses Stanley Menthor, Michael Nana, Lucas Resende e Alina Tskhovryebova — estes últimos egressos do CNDC-Angers. A equipe conta ainda com Nadja Naira na direção técnica, José Maria na produção, Lígia Souza na tradução, e a historiadora Maud Chirio como interlocutora teórica.
Além das apresentações, o projeto oferece atividades paralelas abertas ao público, como oficinas de dança com Cristina Moura, visitas à Fondaction Fiminco e debates sobre arte e política, promovendo reflexões sobre a atuação do corpo em tempos de avanço da extrema direita.
Voo Livre – História
Onde: Fondaction Fiminco, Romainville (25 e 26 de julho) / Lycée Henri Bergson, Paris (30 e 31 de julho)
Quando: 20h30
Quanto: a partir de EUR 10,00
Ingressos: Clique aqui
Atividades Paralelas:
- Atelier de dança com Cristina Moura – 19 de julho, 10h às 12h (entrada gratuita)
- Debate “La Déferlante” com Marcio Abreu – 26 de julho, 18h30 (entrada gratuita)
- Visita guiada à Fondaction Fiminco – 25 e 26 de julho (entrada gratuita)