A companhia brasileira de teatro inicia uma nova etapa de sua trajetória internacional com a residência Voo Livre – História, no Festival Paris l’été 2025. O projeto é coordenado e dirigido por Marcio Abreu, reunindo 12 artistas do Brasil e da França em uma proposta que amplia a pesquisa cênica do grupo sobre memória, história e processos criativos coletivos.

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Combinando dança, teatro e música, o trabalho será apresentado em quatro sessões públicas entre os dias 25 e 31 de julho, em dois espaços parisienses: a Fondaction Fiminco, em Romainville, e o Lycée Henri Bergson, em Paris. As apresentações integram a programação oficial do Ano Cultural Brasil-França 2025, com apoio da CAIXA, da Jerimum Ideias e da Funarte, vinculada ao Ministério da Cultura.

Renata Sorrah em Ao Vivo [Dentro da cabeça de alguém]. Foto: Lina Sumizono
Criada em 2000 em Curitiba, a companhia brasileira de teatro é referência na criação contemporânea. Entre suas obras mais conhecidas estão “PRETO” (2017), “Projeto Brasil” (2015) e “Vida” (2010). O grupo também se destacou por montagens de autores inéditos no país, como Joël Pommerat, Hanock Levin, Ivan Viripaev e Jean-Luc Lagarce.

Nos últimos anos, manteve repertório ativo e circulação internacional. Suas criações mais recentes são AO VIVO [dentro da cabeça de alguém] (2024) e SEM PALAVRAS (2021). O núcleo da companhia é formado por Marcio Abreu, Nadja Naira, Cássia Damasceno e José Maria.

Espaço de criação contínua

A residência integra a plataforma Voo Livre, lançada em 2023 pela companhia com o objetivo de articular ações de formação, intercâmbio, criação e apresentação. A proposta é investigar o entrelaçamento entre narrativas íntimas e coletivas, criando um território artístico em que performance, partilha e pedagogia atuam simultaneamente. “É começo, meio e começo”, define Marcio Abreu, inspirando-se no pensador Nêgo Bispo.

Além da criação de espetáculos, a plataforma propõe encontros formativos, visitas guiadas e debates sobre o fazer artístico em contextos sociais diversos. A estrutura é processual, mas também se afirma como obra autônoma, em diálogo com públicos diversos.

Performances e encontros

Participam da criação os artistas brasileiros Cristina Moura, Cássia Damasceno, Felipe Storino e Rafael Bacelar, ao lado dos franceses Stanley Menthor, Michael Nana, Lucas Resende e Alina Tskhovryebova — estes últimos egressos do CNDC-Angers. A equipe conta ainda com Nadja Naira na direção técnica, José Maria na produção, Lígia Souza na tradução, e a historiadora Maud Chirio como interlocutora teórica.

Além das apresentações, o projeto oferece atividades paralelas abertas ao público, como oficinas de dança com Cristina Moura, visitas à Fondaction Fiminco e debates sobre arte e política, promovendo reflexões sobre a atuação do corpo em tempos de avanço da extrema direita.

Voo Livre – História

Onde: Fondaction Fiminco, Romainville (25 e 26 de julho) / Lycée Henri Bergson, Paris (30 e 31 de julho)
Quando: 20h30
Quanto: a partir de EUR 10,00
Ingressos: Clique aqui

Atividades Paralelas:

  • Atelier de dança com Cristina Moura – 19 de julho, 10h às 12h (entrada gratuita)
  • Debate “La Déferlante” com Marcio Abreu – 26 de julho, 18h30 (entrada gratuita)
  • Visita guiada à Fondaction Fiminco – 25 e 26 de julho (entrada gratuita)
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Realização

Fringe é uma plataforma de comunicação e entretenimento sobre arte e cultura brasileiras criada dentro do Festival de Curitiba e conta com o patrocínio da Petrobras

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