Radicada em Curitiba, nascida em Brasília e de alma baiana. Janine Mathias é um dos nomes mais potentes da música brasileira contemporânea, e segue desbravando caminhos sonoros e visuais entre o rap, o samba e as raízes afro-brasileiras. No dia 4 de agosto, a artista lançou o videoclipe de “A Bahia Virá”, segundo single visual do disco O Rap do Meu Samba, previsto para o segundo semestre de 2025.

+ Leia Também + Lendas do Underground se reúnem em festa de aniversário do The Bowie 

“Quem convive comigo sabe que nada na vida é sorte. É axé”, afirma Janine. “Essa música chegou pra mim quando eu estava na Bahia. Recebi essa composição como um presente. Depois que gravei, veio o convite da jornalista Bruna Alves pra transformar a faixa em clipe. Oruê estava filmando na Bahia, e tudo fluiu. Foi a arte do encontro. E de fato, a Bahia veio.”

O clipe já está disponível no canal oficial da artista no YouTube. Assista:

No clipe, Janine evoca elementos da sua espiritualidade — como a relação com Xangô e o Candomblé — em uma estética que mistura cotidiano e simbologia, força e suavidade. A câmera de Oruê acompanha esse movimento com delicadeza e precisão, articulando imagens da Bahia com cenas em Curitiba, como o Mercado Municipal, criando uma ponte entre territórios, tempos e afetos.

“Era uma ideia de documentar aquilo que eu estava vivendo tão intensamente — para a minha memória e para criar um acervo. Voltando de Cachoeira para Salvador, recebo a mensagem da Janine sobre o clipe. Voltamos a Curitiba, nos encontramos e decidimos adicionar novas cenas. A conexão Bahia-Curitiba se completou ali”, relembra Oruê.

“A Bahia Virá” dá sequência a uma série de lançamentos em que Janine firma sua identidade artística a partir da interseção entre samba e rap, sempre com o pano de fundo das suas raízes. O álbum contará com colaborações de nomes como Léo Fé e outros compositores do samba paranaense, expandindo a musicalidade da artista e reafirmando seu compromisso com a memória negra e popular.

“A Bahia que reside em mim é a identidade da negritude, o amor pelas minhas tranças, a beleza do processo de representação de Xangô. Esse clipe é um projeto coletivo que honra minha ancestralidade. É sobre sonho, axé e pertencimento”, finaliza Janine.

 

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de

0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Compartilhar.

Patrocínio

Realização

Fringe é uma plataforma de comunicação e entretenimento sobre arte e cultura brasileiras criada dentro do Festival de Curitiba e conta com o patrocínio da Petrobras

wpDiscuz
0
0
Deixe seu comentáriox
Sair da versão mobile