A gente sabe quando está diante de talento nato. Não precisa de muito para perceber. No caso de Lourena, quatro singles foram suficientes para entender de onde ela vem e para onde vai.
Ela vem da veio de Madureira, no Rio de Janeiro, ondes cresceu rodeada pelos diversos sons apreciados em sua família, ainda que ninguém fosse músico profissional. Mas bastou ganhar um violão aos 13 anos nos seus primeiros acordes deu para sacar onde ela poderia chegar.
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Está tudo nos quatro singles já citados, todos muito bem trabalhados nos moldes do R&B, rap e pop com influências vocal que vãode Milton Nascimento a Criolo. De Billie Holiday e Nina Simone até Los Hermanos.
O resultado se vê em trabalhos bonitos como os das canções Minha Arte, Outro Dia, Dizeres e seu mais recente lançamento Eles Não Querem. Isso sem contar as participações especiais de Marcelo Falcão, Sant e Léo Casa.
E para comprovar que a qualidade também pode ser popular, temos os 4 milhões de ouvintes mensais que Lourena coleciona no Spotify e 3 milhões nas redes sociais.
Eles não querem

Com estreia em 11 de setembro nos streamings, Eles Não Querem une um beat intenso a uma atmosfera serena, criando a sonoridade perfeita para uma letra que fala das limitações impostas pela sociedade e a necessidade de transcendê-las.
Grávida de seu primeiro filho, ela transforma a canção também em um conselho cheio de amor e sabedoria para a criança que está por vir.
A expectativa pelo lançamento começou antes da gravação oficial, quando uma prévia com violão e poesia cantada viralizou nas redes sociais, alcançando mais de um milhão de contas.
O desejo do público por ouvir a música completa se tornou grande e agora finalmente se concretiza com Eles Não Querem, faixa que equilibra lirismo, reflexão e resistência. Entre os versos, Lourena canta:
“Eles não querem que você conheça tudo / Eles não querem que você descubra como é o mundo, eles não / Eles só pensam como te manter aqui / Você tão frágil, a matéria nem pensa em fugir”
O trecho reafirma sua potência como compositora e intérprete.
“Essa música traz indagamento ao compromisso social. Imagina o que será o futuro, o que a gente tem feito para que a nova geração possa vir com alma, com força, com esperança, luz, conhecimento, em como a gente tem propagado e plantado principalmente coisas boas para que essa próxima geração possa colher. Nessa música eu falo bastante sobre as nossas raízes, sobre como, muitas das vezes, um sistema e toda uma sistemática não quer que a gente enxergue a verdade”, afirma Lourena.
Com Eles Não Querem, ela reafirma sua relevância na cena, mostrando que sua música segue como espaço de resistência, verdade e afeto, em uma nova fase de vida e carreira.
“Nesse novo trabalho, eu busquei trazer o rap misturado com um pouco do acústico, instrumental, ali bem orgânico, com uma melodia que abraça o público. De forma suave, mas também de forma profunda. O texto no final também fala muito sobre o que é o destino, sobre a vida, sobre como o universo acredita e o que ele espera da gente. E é isso: o mais importante é viver, mas viver com consciência sempre”, conclui.