Ela já foi chamada de MC Beyoncé quando tinha apenas 16 anos e teve seus vídeos viralizados no Youtube.
Logo depois, apostou de vez no funk, movimento que deu a ela a fama e a possibilidade de investir no caminho que quisesse, incluindo o pagode do qual ela sempre foi fã e que deu origem à aclamada turnê Numanice.
Agora a carioca Ludmilla investe em novas vertentes no disco Fragmentos, onde vê no R&B a possibilidade de abrir novos horizontes, o que para ela não é nada incomum.
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Para isso, ela construiu narrativas que transitam entre amor, desejo e poder pessoal, equilibrando fragilidade e força, com uma identidade sonora que é ao mesmo tempo sofisticada e autenticamente brasileira.
O álbum reflete a ideia de unir fragmentos de experiências que moldaram Ludmilla, tanto como mulher quanto como artista. A capa traduz essa narrativa.
Cercada por troféus que representam conquistas e superações, ela segura uma máquina de solda da qual faíscas saem do peito, simbolizando o processo de “soldar” suas vivências e emoções em uma construção única.
“Esse álbum pode ser descrito como um registro de momentos diversos da minha vida e das pessoas que cruzaram meu caminho, onde cada faixa captura fragmentos de emoção, memória e identidade. É uma colcha de memórias, emoções e identidade, costurada de forma que cada música reflete um momento, uma sensação, uma conquista ou uma superação que me transformou.”, explica a cantora.
O compilado reúne participações especiais de destaque, reforçando a força feminina que permeia o trabalho, com Veigh sendo o único convidado masculino. Entre os nomes, estão Luísa Sonza, Duquesa, AJULIACOSTA, Victória Monét, Latto e Muni Long, que canta em português em “Tudo Igual”.
Essa nova era começou a ser revelada em junho com “Paraíso”, homenagem à Brunna Gonçalves e à filha do casal, Zuri. Em agosto, veio “Cam Girl”, parceria com Victória Monét, apresentada ao vivo no The Town em setembro. Os visuais exibidos nos telões do festival anteciparam a estética da desta nova fase, mostrando a construção do novo avatar de Ludmilla e um conceito inspirado em games.
“Criamos um universo próprio para o álbum, ambientando cada música em fases e desafios. Um grande embate entre vulnerabilidade e triunfo, onde ela encontra espaço para reviver, amar e recomeçar. Queríamos que o público enxergasse não só o brilho, mas também as dores que existem por trás dele”, explica Gabe Lima, diretor criativo.
A direção criativa do projeto mescla elementos do universo real e do imaginário, transformando cada visual em uma extensão da narrativa musical. Ludmilla participou ativamente de todo o processo, colaborando com Gabe Lima e a equipe do estúdio Puritana, idealizando sets e atmosferas que traduzem o poder de se reinventar, a superação e a pluralidade de sua trajetória.
“Aprendi muito nesse processo. A Lud estava completamente entregue à proposta — criando junto, propondo ideias e vibrando a cada etapa. Construímos esse universo de forma literal, dentro de um galpão imenso, com sets longos e um ritmo desafiador. Todos estávamos na mesma sintonia, felizes com o que estávamos criando”, finaliza Gabe.
