Para comemorar os 20 anos da Galeria do Largo, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas inaugurou no sábado (8) a exposição “Ilhática Amazônica”, que reúne mais de 50 artistas visuais do estado.

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Com curadoria de Cristovão Coutinho e Virna Lisi, exposição é um panorama da cena contemporânea de artes visuais no território amazônico, em diferentes linguagens e suportes — pintura, fotografia, vídeo, grafite, instalação, escultura e objetos.

Retrato da arte amazonense contemporânea

Para o curador da Galeria do Largo, Cristovão Coutinho, “Ilhática Amazônica” reflete o amadurecimento da arte produzida no estado.

“É importante o público presenciar uma produção atual, diversa e culturalmente potente. A exposição reúne várias linguagens — fotografia, vídeo, grafite, desenho, objetos — e mostra que nossa arte está pronta para estar em outros espaços, dentro e fora do estado. A intenção é fortalecer a identidade da arte amazônica”, afirmou.

Os curadores Cristovão Coutinho e Virna Lisi. Foto: Aguilar Abecassis

Já a curadora Virna Lisi destacou o papel da galeria como espaço de representatividade.

“A Galeria do Largo é um território de liberdade e excelência, símbolo da nossa identidade. Essa exposição é o reflexo da abundância e da exuberância da arte amazonense. Aqui, o Amazonas se manifesta através das artes”, disse.

A exposição coletiva reúne artistas indígenas, LGBTQIA+ e de diferentes regiões do estado, reforçando o caráter inclusivo da Galeria do Largo e o compromisso com a diversidade.

A artista indígena Wira Tini, da etnia Kokama, destacou a importância da presença indígena no circuito contemporâneo:

“É fundamental que a arte indígena esteja dentro desses espaços. Nós somos mais do que artesãos — somos pintores, estilistas, artistas visuais. Esse reconhecimento fortalece nossa identidade e mostra que a arte indígena no Amazonas é forte e diversa.”

Foto: Aguilar Abecassis

O artista Marcelo Rufino apresentou Pintacuia Migrante, instalação interativa sobre deslocamentos e pertencimento na Amazônia.

“A arte contemporânea precisa comunicar. Minha obra fala das origens e dos movimentos que formam a Amazônia. Estar aqui é uma alegria, é fazer parte desse coletivo de artistas que representam nossa região com tanta força”, afirmou.

Já o manauara Estevan Leonardo expõe Gayola, obra que aborda temas ligados à diversidade e à vivência LGBTQIA+.

“Trazer esse trabalho é importante para inspirar outros artistas e impactar o público com mensagens conectadas com o mundo de hoje. Estou muito feliz de participar dessa comemoração dos 20 anos da Galeria”, disse.

A Galeria do Largo

Inaugurada em 2005, a Galeria do Largo se consolidou como um dos centros mais importantes de formação e difusão da arte contemporânea na Amazônia. Localizada no Largo de São Sebastião, coração cultural de Manaus, o espaço abriga exposições, residências artísticas, oficinas e encontros que articulam artistas locais e nacionais.

 Ilhática Amazônica

Onde: Galeria do Largo – Manaus (AM)
Quando:
Até fevereiro de 2026
Quanto:
Entrada gratuita

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