Ela é como aquelas cantoras de soul e jazz que usam a voz como um instrumento musical solando dentro de uma escala. E isso é só para quem pode.
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Sandra Sá, no auge dos seus 70 anos, tem uma história que se funde com a música brasileira. Em 1980, participou do Festival 80, da TV Globo, onde Demônio Colorido — composta e interpretada por ela — saiu ovacionada mesmo sem ter vencido.
“Eu levei o maior susto. Eu estava na faculdade de Psicologia, era outra parada. Aquilo abriu minha mente pra eu perceber que meu caminho era a música”, contou ao canal.
No mesmo ano, a música nomeou seu primeiro disco e apresentou de vez a artista para o Brasil. Uma revelação daquelas dignas de grandes hits que jamais seriam esquecidos.
E são esses hits que Sandra Sá trouxe para o novo episódio do Tiny Desk Brasil, onde se apresentou com uma belíssima banda acostumada aos lampejos da artista, que gosta de inovar a cada apresentação.
“A gente ensaia, mas aí ela chega e muda um monte de coisa”, comentou um dos músicos do grupo ao canal.
E talvez seja isso que faça de Sandra Sá tão única — além, é claro, da voz grave característica. E que voz. Ao longo da apresentação, ela nos presenteia com interpretações belíssimas de Sozinho, Demônio Colorido, Olhos Coloridos, Bye Bye Tristeza e Retratos e Canções. Uma delícia!
Feliz demais por fazer parte do projeto, ela entrega: “Eu estou bem metida, estou intragável, entendeu? (…) Eu acho bom demais. A gente tem que aprender a assumir as nossas virtudes. E esse projeto é uma parada que leva você pro mundo todo. ‘Ó, eu também tô aqui, tá bom? Valeu!’”.

