O que é Fringe?
Na História da Arte, o percurso das grandes mudanças quase sempre vem das margens em direção ao centro. Este movimento é o que chamamos de Fringe: toda produção artística que mesmo fora dos holofotes de seu tempo iluminam o caminho das transformações culturais que ainda vão surgir.
Uma tradição artística que nasce em Edimburgo, capital da Escócia, em 1947. Naquele ano, grupos teatrais excluídos do festival de artes local decidiram se apresentar em espaços alternativos nas franjas (fringe, em inglês) da cidade, com ingressos a preços mais baratos ou gratuitos.
Desde então, Fringe é o nome do evento paralelo ao oficial com programação livre e inovadora que hoje é o maior festival de artes cênicas do mundo. Com o tempo, Fringe passou a denominar festivais de arte no mundo inteiro e, como conceito, o lugar na arte onde se lançam talentos, testam-se modelos e formatos, assumem-se riscos e experimenta-se.
No Brasil, a palavra foi trazida ao léxico cultural nacional pelo Festival de Curitiba. Desde 1998, o Fringe apostou na variedade de artistas e vertentes fora do circuito comercial, dando espaço a criadores que exploram limites em seus trabalhos para públicos com culturalmente aventureiros.
A partir de 2024, Fringe ampliou seu campo de atuação para se tornar também uma plataforma de comunicação digital de arte e cultura. Inspirado pelo espírito que seu nome representa, o Fringe surge como uma vitrine para a atividade artística e uma voz na defesa da inclusão, da diversidade, da inovação e da memória, desde as margens até o centro da cultura brasileira.