O cineasta baiano Haroldo Borges retorna ao universo do circo em seu primeiro longa ficcional, “Filho de Boi”, que estreia nesta quinta-feira (1º) em Salvador e outras capitais do país.

O circo já foi tema de seu primeiro e premiado documentário, “Jonas e o Circo Sem Lona” (2015), sobre um menino da periferia de Salvador que sonhava em ter seu próprio circo. Dessa vez, o universo circense é o ponto de partida para explorar sonhos e relações humanas.

“Filho de Boi” conta a história de João, um menino de 13 anos com uma relação difícil com o pai, que sonha em deixar a pequena cidade onde vive, no sertão da Bahia. Quando o circo chega ao povoado, João faz amizade com um palhaço, que o encoraja a enfrentar seus medos. A obra lança luz sobre um Brasil atual, revelando um universo de masculinidade e preconceito onde é urgente se reinventar.

Estreia em festival e prêmios

O filme chega aos cinemas brasileiros depois de estrear no Festival de Busan (Coreia do Sul), um dos maiores festivais do continente asiático. Também passou por festivais como o FICG – Festival Internacional de Cinema de Guadalajara (México) e o Festival de Málaga (Espanha), onde foi premiado.

Além de mostrar as paisagens do interior da Bahia, o longa também incorporou representantes da comunidade local ao elenco e à equipe. O protagonista, João Pedro Dias, é da cidade baiana de Juazeiro, onde parte das filmagens ocorreu. Ele foi escolhido após um processo de seleção que envolveu 1,5 mil crianças de escolas públicas na zona rural do sertão baiano.

O elenco também conta com nomes como Luiz Carlos Vasconcelos (“Abril Despedaçado”), Jonas Laborda (“Jonas e o Circo sem Lona”) e Vinicius Bustani, além de vários palhaços de pequenos circos itinerantes da Bahia.

Serviço:

Filho de Boi

Data de estreia: 1º de agosto

Locais de exibição em três capitais: Salvador, São Paulo e Curitiba

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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