Com informações da Folhapress
Um acerto de contas entre um pai, Hérson Capri, e o filho, Caio Blat, é a trama. Uma adega cheia de rótulos de vinhos valiosos é o cenário da peça “Memórias do Vinho (Per Bacco)”, em cartaz numa temporada que vai até 15 de setembro, no Teatro Vivo, em São Paulo.
Elias Andreato dirige o espetáculo que foi escrito pela atriz Jandira Martini, antes de sua morte, em janeiro deste ano. Na trama, o filho em ruína financeira vislumbra na adega do pai a oportunidade de se reerguer.
A adega, porém, não é apenas um depósito de garrafas raras e antigas, mas uma biblioteca de memórias e assuntos familiares não resolvidos. A dramaturgia aposta na simbologia da bebida e seus diferentes significados.
O próprio subtítulo da peça indica que vinho e teatro têm uma ligação umbilical. Na Grécia Antiga, Baco era o deus do vinho e do teatro. Dioniso se manifesta na folia, emoção comum à arte teatral e aos efeitos do consumo da bebida.
Simples Como um Vinho
O ator Caio Blat – um dos curadores do Festival de Gramado – disse à Folha Press que se encantou com a simplicidade do texto. “Já fiz muita peça que as pessoas saíam do teatro sem entender nada”, diz ele. “Mas a dramaturgia dessa obra é feita para o público. Como artista, eu estou aberto para diferentes tipos de teatro”.
A dupla de atores de gerações diferentes funciona muito bem em cena e assim, como disse em sua crítica Miguel Arcanjo Prado, ninguém sai com dor de cabeça do teatro:
“Afinal de contas, desta vida o que levamos são as experiências e afetos vivenciados, e não os fugazes bens materiais. Memórias do Vinho – Per Bacco se revela uma elegante lição de vida, capaz de tocar ao mais duro dos corações, tal qual um bom e velho vinho”, escreveu.
Leia a crítica completa no Blog do Arcanjo.
SERVIÇO:
Memórias do Vinho (Per Bacco)
Data: Até 15 de setembro; sex. e sáb. às 20h; dom. às 18h
Local: Onde Teatro Vivo (Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460)
Ingressos: R$ 40 a R$ 150 na plataforma Sympla.