O romance Cartas à Rainha Louca, de Maria Valéria Rezende, finalista do prêmio Jabuti 2020, é o ponto de partida da peça Isabel das Santas Virgens e Sua Carta à Rainha Louca.
O espetáculo está em cartaz em São Paulo, no Sesc Pinheiros, até 13 de setembro, de quinta a sábado, às 20h, após uma temporada de sucesso no Espaço Abu, no Rio de Janeiro.
A idealização, adaptação do texto e atuação são de Ana Barroso, com direção de Fernando Philbert. No palco, a atriz entrega-se completa e corajosamente ao personagem como descreve o crítico Miguel Arcanjo Prado:
“Ana Barroso traça um espetáculo que ganha relevância pelo discurso que propaga, que representa tantas que ousam não se calar. Trata-se de uma peça que, sobretudo, dá às mulheres o poder de uma voz de liberdade”, escreveu.
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A obra de Maria Valéria Rezende é uma ficção baseada na história real de Isabel, uma mulher que, no final do século 18, ainda no período colonial, foi enclausurada em um convento em Olinda, Pernambuco, sob a acusação de loucura e rebeldia.
Presa, Isabel escreve uma carta para tentar se comunicar com a Rainha Maria I de Portugal, conhecida como a Rainha Louca, buscando sororidade na opressão dos homens que as diagnosticaram com o mesmo mal. Nessa carta, Isabel pede perdão e liberdade.
Isabel, como missivista, revisita os destemperos e injustiças praticados pelos homens de seu tempo contra mulheres, escravizados e todos que se encontravam em alguma situação de vulnerabilidade.
Após a sessão deste sábado, 18 de agosto haverá um bate-papo com a escritora Maria Valéria Rezende, autora de Carta à Rainha Louca.
SERVIÇO:
Isabel das Santas Virgens e Sua Carta à Rainha Louca
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