O filme Maria Callas, estrelado por Angelina Jolie e dirigido por Pablo Larraín, será o filme de abertura da 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece entre 17 e 30 de outubro. A informação foi divulgada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo.

Maria Callas, cujo título original é apenas Maria, apresenta um relato sobre os últimos dias de vida da icônica cantora de ópera, morta em 1977, aos 53 anos, enquanto ela planeja um arriscado retorno ao universo lírico. Além da exibição na cerimônia de abertura no dia 16, o filme terá mais sessões abertas ao público.

O trabalho sobre a maior cantora de óperas da Itália estreou no Festival de Veneza deste ano, sendo um dos favoritos na competição, especialmente pelo desempenho de Jolie. No entanto, o prêmio de Melhor Atriz foi concedido a Nicole Kidman, por sua atuação em Babygirl.

Atrações Confirmadas

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo ainda não divulgou sua programação oficial completa, mas já confirmou a exibição de obras como Anora, de Sean Baker, vencedor da Palma de Ouro deste ano, e Ainda Estou Aqui, do brasileiro Walter Salles, premiado pelo roteiro no Festival de Veneza.

Cartaz da edição 48 da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Foto: Reprodução

Outros destaques incluem os novos filmes de David Cronenberg, The Shrouds, e do sul-coreano Hong Sang-soo, By the Stream. O festival também fará uma homenagem ao diretor indiano Satyajit Ray, falecido em 1992, que ilustra o cartaz desta edição.

Ray, além de cineasta, foi artista gráfico, compositor, roteirista, publicitário, escritor, editor e diretor de arte, fotografia e som. A homenagem destaca um dos focos desta Mostra: o cinema indiano. Além dos filmes, diretores, atores, produtores e distribuidores da Índia estarão presentes na programação.

Tom Zé e o fêmur de Anchieta

O compositor Tom Zé está escalado para um debate sobre o curta Auto de Vitória (1966), do diretor baiano Geraldo Sarno, falecido em 2022. O evento marcará a primeira exibição pública da obra no Brasil.

Cena do filme inédito “Auto de Vitória” (1966), dirigido por Geraldo Sarno.

O filme traz imagens de um cortejo fúnebre do fêmur do padre José de Anchieta, além de uma encenação da peça Na Vila de Vitória ou Auto de São Maurício, escrita pelo jesuíta no século XVI. O espetáculo narra um debate sobre “a salvação e a danação no Brasil”, com Satanás como um de seus protagonistas.

Além de Tom Zé, que era amigo do cineasta, participarão do debate a filha de Sarno, Paula, o diretor da Ancine, Paulo Alcoforado, a diretora Ana Carolina e o jornalista Piero Sbragia, que está escrevendo uma biografia do cineasta.

A 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo acontece entre os dias 17 e 30 de outubro.

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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