Ao receber o Prêmio Leon Cakoff na 48ª Mostra de Cinema de São Paulo, na noite desta quarta-feira (30), Francis Ford Coppola brincou: “Fiz um pequeno filme com um grande orçamento, mas vocês deviam me dar o prêmio depois de vê-lo e não antes”. A cerimônia aconteceu no Espaço Petrobras, na Cinemateca Brasileira. Após a premiação, o público pôde assistir a “Megalópolis”, o mais novo filme de Coppola, que encerrou o evento.
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O Fringe acompanhou a exibição e seguirá os passos do diretor em uma série de eventos que ele cumprirá em Curitiba nesta quinta-feira (31), fechando um ciclo iniciado em 2003, quando Coppola esteve na capital paranaense por três semanas para pesquisar o roteiro de “Megalópolis”. Antes da homenagem a Coppola, foram apresentados os vencedores dos demais prêmios.
PRÊMIO DO JÚRI
Os filmes da seção Competição Novos Diretores mais votados pelo público foram submetidos ao júri, composto pela atriz Camila Pitanga, o ator e cineasta português Gonçalo Waddington, a curadora Hebe Tabachnik, o produtor Kyle Stroud, o diretor iraniano Mohsen Makhmalbaf e o crítico francês Thierry Meranger. Os jurados elegeram Familiar Touch, de Sarah Friedland, e Hanami, de Denise Fernandes, como os melhores filmes de ficção. O prêmio de melhor documentário foi para No Other Land, de Basel Adra, Rachel Szor, Hamdan Ballal e Yuval Abraham, e Sinfonia da Sobrevivência, de Michel Coeli. A melhor direção ficou com Adam Elliot, pelo filme Memórias de um Caracol.
PRÊMIO DO PÚBLICO
O público da 48ª Mostra escolheu o filme O Caso dos Estrangeiros, de Brandt Andersen, como melhor ficção internacional, e Balomania, de Sissel Morell Dargis, como melhor documentário. Entre os brasileiros, o prêmio de melhor ficção foi para Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, e o de melhor documentário para 3 Obás de Xangô, de Sérgio Machado.
PRÊMIO DA CRÍTICA
A imprensa especializada conferiu o Prêmio da Crítica, elegendo Manas, de Marianna Brennand, como o melhor filme brasileiro, e Levados Pelas Marés, de Jia Zhangke, como o melhor longa estrangeiro.
PRÊMIO DA ABRACCINE
A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) premiou o melhor filme brasileiro da mostra: Intervenção, de Gustavo Ribeiro.
PRÊMIO NETFLIX
Pela segunda vez, a Netflix premiou um filme brasileiro participante da Mostra que ainda não possui contrato com um serviço de streaming. O premiado deste ano foi Serra das Almas, de Lírio Ferreira.
PRÊMIO PARADISO
O Prêmio do Projeto Paradiso, voltado à distribuição nos cinemas, foi concedido a Malu, dirigido por Pedro Freire. O apoio visa fortalecer o lançamento do filme nas salas brasileiras.
PRÊMIO BRADA – MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
O Coletivo de Diretoras de Arte do Brasil concedeu, pela terceira vez, o Prêmio de Melhor Direção de Arte a um trabalho que se destacou na Mostra. Este ano, o prêmio foi para Mathé, pela direção de arte de Hanami, de Denise Fernandes.