Entre os dias 17 e 19 de janeiro, Recife recebe o espetáculo Obirin-Kunhã: Dança Inflamada, uma imersão nas mitologias afro-brasileiras e afro-indígenas por meio da dança e da poesia. Concebido pela intérprete-criadora Marcela Rabelo, o projeto destaca a ancestralidade feminina e sua resistência cultural, integrando a programação do 31º Festival Janeiro de Grandes Espetáculos.
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Inspirado nos conceitos de Obirin (mulher, mãe, filha, na cultura Yorubá) e Kunhã (liderança feminina, do tronco linguístico tupi-guarani), o espetáculo utiliza movimentos das danças populares de Pernambuco, dança afro e contemporânea. A obra também homenageia o poeta França de Olinda (1955–2007), cuja escrita marginal e afro-centrada dialoga com a dramaturgia e as experiências do feminino afro-indígena.
Com vídeos, imagens e uma abordagem sensorial, Obirin-Kunhã: Dança Inflamada explora a força das poesias de França de Olinda e celebra a resistência cultural feminina. “Essa dramaturgia busca redescobrir, no corpo da intérprete, as experiências do feminino afro-indígena como formas de afirmação cultural”, explica Marcela Rabelo.
Obirin-Kunhã: Dança Inflamada
Onde: Teatro Arraial Ariano Suassuna, dia 17, às 20h; Daruê Malungo, dia 19, às 18h
Quando: 17 e 19 de janeiro
Quanto: entrada gratuita (retirada pelo Sympla com 1 kg de alimento não perecível)
