Entre o Jardim Botânico e a rodoviária de Curitiba, no prédio histórico que abriga uma antiga fábrica de farinha, o artista Eduardo Kobra vai executar aquela que deve ser a segunda maior obra de sua carreira: ‘Ciclos’, uma intervenção com 5 mil metros quadrados.
Nascido na periferia de São Paulo em 1975, Eduardo Kobra alcançou reconhecimento global como um dos artistas de rua mais renomados da atualidade.
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Ao longo dos anos, Kobra desenvolveu seu estilo próprio de muralismo, caracterizado por cores vibrantes e contrastantes, e sua habilidade em retratar personalidades, fatos históricos e questões sociais em murais gigantescos.
Com obras em cinco continentes, Kobra quebrou recordes em tamanho de murais, incluindo o maior mural grafitado do mundo. Seu trabalho ganhou visibilidade internacional, com destaque para a obra “O Beijo” em Nova York. Além disso, ele recebeu convites de galerias, museus e organizações, incluindo a ONU, para exibir suas obras e participar de projetos de prestígio.
Anaconda
A obra em Curitiba é uma iniciativa do Moinho Anaconda, tradicional empresa do setor de alimentos, e será produzida nas instalações da unidade de Curitiba, no bairro Jardim Botânico, pertencente à empresa desde 1957 e um dos mais bem preservados exemplares da arquitetura industrial da cidade.
“No caso desta obra em Curitiba, quero mostrar o trigo que é transformado em pão, mas também valorizar o trabalhador, aquele que cultiva a matéria-prima, aquele que trabalha na fábrica de farinha, aquele que faz o pão”, destaca o artista.