O Festival de Curitiba, maior das artes cênicas da América Latina, preza pela amplitude. Ano após ano o evento abraça todas as regiões do Brasil trazendo a cultura presente de norte a sul. Ou seja, um apanhado de linguagens, referências e sotaques que deixam o Festival ainda mais plural.
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Seguindo o exemplo do ano passado, em que a curadoria do evento trouxe o Eixo Amazônico explorando uma nova vertente, em 2025 o Eixo Latino promete beber da mesma fonte, importando o universo da parte de baixo das Américas com quatro espetáculos.
Em No Estoy Solo (Não Estou Sozinho), o performer argentino Iván Haidar usa o toque como ferramenta para ativar os sentidos como veículo de comunicação. Utilizando projeções em vídeo de si próprio reduplicado, o performer convida a plateia a refletir sobre o que efetivamente é possível perceber nos mais diferentes tipos de encontros. O espetáculo fará duas apresentações na Caixa Cultural Curitiba nos dias 25 e 26 de março, com classificação de 18 anos. Compre aqui
Já El Desmontaje (a Desmontagem) de Montevidéu, Uruguai, Jimena Márques, respeitada dançarina, coreógrafa, atriz, diretora e professora de literatura, propõe um híbrido: uma conferência, documentário e peça de teatro que coloca sobre a mesa uma história não contada em que o mito de Dionísio se cruza com acontecimentos biográficos que dialogam com um documentário e que testemunham diversas personalidades do teatro nacional uruguaio. O espetáculo acontece nos dias 29 e 30 de março às 19h na Caixa Cultural. Compre aqui
Nos dias 31 de março e 1 de abril o palco do Teatro Cleon Jacques (Parque São Lourenço) recebe um clássico de Tchekhov com elenco feminino. Gaviota (Gaivota) espetáculo do diretor argentino Guillermo Cacac. Na montagem, a vida lembra o palco abandonado e carcomido da peça à beira de um lago, com o vento balançando a cortina ao ar livre que soa como o grito dos derrotados. A personagem Masha tenta juntar os pedaços dessa história de amores que não correspondem, de sonhos que se desfazem quando são realizados e da dor que se acumula ao longo dos anos. Compre aqui
Em A Velocidade da Luz, o diretor argentino Marco Canale “recruta” pessoas 60+ para contar suas histórias e memórias pelas ruas das cidades por onde passa. No Festival, o espetáculo acontece na Praça Santos Andrade nos dias 5 e 6 de abril e é gratuito.
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