Oito anos após a primeira edição, o Coolritiba chegou em 2025 apostando mais uma vez em um line diverso, que reuniu nomes como CPM 22, BK, 5 a Seco, João Gomes, Liniker, Caetano Veloso e diversos outros artistas que levaram milhares de pessoas à Pedreira Paulo Leminski no último sábado (17).
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Esse talvez, tenha sido o maior acerto do evento, afinal, o Coolritiba vem se estabelecendo com uma curadoria cuidadosa e que busca fãs de estilos musicais variados, somando muito à experiência e apresentando artistas de um nicho para o outro. É a mesma fórmula que outros festivais como Nômade, Rock The Mountain e Coala, por exemplo, também vêm apostando. Até aí, tudo certo, tudo lindo.
Mas e quando o público não consegue acessar um artista porque o palco que ele vai se apresentar não comporta o número de fãs? Esse sempre foi o ponto de interrogação no Coolritiba quanto ao palco da Ópera de Arame. Embora o espaço seja lindo, é difícil saber que você não vai conseguir entrar para ver atrações tão incríveis quanto Os Garotin ou bisbilhotar um encerramento de um festival com a potência da Fresno, no mesmo local. Eu mesma, desisti de entrar na fila da Ópera e optei por ficar somente no palco principal. E é aí que entra o questionamento: a Pedreira está ficando pequena para o evento? Talvez.
Somado a isso, existe a pouca infraestrutura para os banheiros (que formaram filas enormes) e a subida/descida de um lado para o outro do espaço, afunilando a passagem e formando uma procissão que em determinados momentos, exigia paciência. A fila de entrada do evento também deixou a desejar, ficando totalmente desorganizada. Se você é fã de festival sabe que isso pode acontecer, mas também sabe que pode ser melhorado. Sempre pode. Mas o que fazer em um ambiente que proporciona pequenos acessos? Mudar de local? Deixar a Pedreira pode ser triste, mas com certeza seria a melhor opção.
Uma alternativa que faria muito sentido também seria a volta da estrutura A/B (com um palco ao lado do outro), como já foi feito e já dito aqui. Aí cabe a avaliação da organização e resolver quaisquer problemas que tenham eliminado essa opção que agradou tanta gente, em 2023.
Sobre os shows
Incríveis. Como mencionei acima, o grande acerto do Coolritiba é a curadoria do line-up. A sequência do palco principal, especialmente, escalonou de um ótimo show para o próximo melhor ainda. Dependendo da sua idade, deu para reviver a adolescência com CPM 22, dançar um forró com o ótimo João Gomes, se emocionar com a Liniker e viver a história com Caetano Veloso. Um adendo para a participação maravilhosa de Liniker no show de Caetano cantando o hit Sozinho. Especial demais!
Quem ficou, ainda presenciou o trap de Matuê ou conseguiu entrar no show da Fresno, lá na Ópera de Arame.
Outro ponto muito bacana foi o palco Lab Stage, que contou com atrações locais como Angela Soul, Rubia Divino , Dow Raiz entre outros, além de um mercado com marcas autorais.
No mais… o Coolritiba é um bom festival e tem tudo para se tornar um dos principais do país. Existem questões a serem melhoradas. Fiquemos aqui para ver.
Que tristeza ler isso em uma plataforma que sabe o quanto é difícil trabalhar com cultura no Brasil. Que nenhum festival é perfeito e que é humanamente impossível agradar a todos. Citar “erros” sem nem perguntar o porque de certas escolhas. O dia tava lindo, o line incrível, pessoas se divertindo e um ambiente agradabilíssimo. Belíssimo festival! Parabéns Coolritiba