Encerraram-se as filmagens de Cacilda Becker em Cena Aberta, novo longa-metragem da Giros Filmes, em coprodução com a As Coisatudo, que propõe um olhar original e sensível sobre a trajetória da icônica atriz brasileira. Com direção de Julia Moraes e produção de Bianca Lenti, Belisario Franca e Mauricio Magalhães, o projeto foi inteiramente rodado no histórico Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro.

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Estrelado por Débora Falabella no papel de Cacilda Becker, o filme é construído com uma narrativa inovadora, em que a protagonista se transforma cena a cena, fundindo-se às personagens que marcaram sua carreira.

Elenco de ‘Cacilda Becker em cena aberta’. Foto: Gustavo Hadba

O elenco reúne nomes consagrados da dramaturgia nacional, como Mariana Ximenes, Julia Stockler, Augusto Madeira e Rodrigo Bolzan. O longa segue agora para a etapa de pós-produção, com lançamento previsto para 2026.

Cacilda, primeira-dama do teatro nacional

A atriz Cacilda Becker, grande dama do teatro nacional. Foto: Reprodução -https://www.facebook.com/CacildaBecker001/

Cacilda Becker nasceu em Pirassununga (SP), em 1921, e tornou-se um dos maiores nomes da história do teatro brasileiro. Foi a primeira atriz a se profissionalizar no país, rompendo com a visão diletante que marcava a atuação cênica até os anos 1940.

Com cerca de 90 peças no currículo, deu vida a personagens marcantes em textos de autores como Nelson Rodrigues, Tennessee Williams e Samuel Beckett. Atuou nos principais grupos do período, como Os Comediantes e o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), antes de fundar sua própria companhia, o Teatro Cacilda Becker (TCB), ao lado de Walmor Chagas e Cleyde Yáconis, sua irmã.

Destacava-se pela entrega absoluta, disciplina rigorosa e força transformadora em cena. Foi comparada a Chaplin por críticos internacionais e admirada por nomes como Carlos Drummond e Paulo Francis. Em 1969, durante uma apresentação de Esperando Godot, sofreu um derrame e faleceu pouco depois, aos 48 anos. Sua trajetória, marcada por coragem, talento e militância cultural, a consagrou como a “primeiríssima dama” do teatro brasileiro.

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