Nesta quarta-feira (27), às 19h, a Orquestra Petrobras Sinfônica sobe ao palco em um concerto especial sob a regência de Matheus Carneiro, vencedor do I Concurso de Regência Maestro Isaac Karabtchevsky. A apresentação marca o encerramento da primeira edição do concurso, que reuniu 130 candidatos de todo o Brasil.
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Natural de São Caetano do Sul, Matheus Carneiro iniciou os estudos musicais aos 9 anos com o pai, André Sousa, no projeto Bandas e Fanfarras da prefeitura da cidade. Aos 10 anos, ingressou no Instituto Baccarelli, onde aprendeu trompete e prática de orquestra.
Sua trajetória foi marcada por uma rápida ascensão: integrou a Orquestra Infantojuvenil Heliópolis, passou pela Orquestra Juvenil Heliópolis e, aos 12 anos, foi efetivado na Orquestra Sinfônica Heliópolis, o principal conjunto da instituição.
Hoje, aos 27 anos, é regente assistente da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro. Atua ainda como regente convidado do grupo de metais do projeto Música de Câmara São Paulo e é formado em Música pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes).
O programa da noite
O repertório da apresentação une tradição e contemporaneidade. O público ouvirá “Rio: Concerto para duas clarinetas e orquestra de cordas”, do cearense Liduino Pitombeira, com solos de Cristiano Alves e Igor Carvalho, e a “Bachianas Brasileiras nº 4”, de Heitor Villa-Lobos.
Programa
Orquestra Petrobras Sinfônica
Matheus Carneiro, regência
Cristiano Alves, clarineta
Igor Carvalho, clarineta
Liduino Pitombeira – Rio: Concerto para duas clarinetas e orquestra de cordas, op.284
I. Largo do Machado
II. Quinta da Boa Vista
III. Largo da Lapa
IV. Sambódromo
Heitor Villa-Lobos – Bachianas Brasileiras nº 4, A424
I. Prelúdio (Introdução) – Lento
II. Coral (Canto do sertão) – Largo
III. Ária (Cantiga) – Moderato
IV. Dança (Miudinho) – Molto animato
Orquestra Petrobras Sinfônica
Fundada há 50 anos pelo maestro Armando Prazeres, a Orquestra Petrobras Sinfônica consolidou-se como uma das mais conceituadas do país e ocupa posição de destaque no cenário latino-americano.
Dirigida artisticamente pelo maestro Isaac Karabtchevsky, considerado o regente brasileiro de maior prestígio internacional, a OPES tem como marca a pluralidade: transita por repertórios eruditos, populares e contemporâneos.
A orquestra também se diferencia por sua forma de gestão. É a única no Brasil administrada pelos próprios músicos, por meio de um conselho formado pelo violinista Carlos Mendes (presidente), o violinista Philip Doyle (diretor financeiro) e o trombonista João Luiz Areias (diretor executivo).
“Somos um modelo único no Brasil. Além de tocar, os músicos cuidam da administração, do transporte e dos contratos. É uma tarefa desafiadora, mas garante autonomia e proximidade com o público”, afirma Areias.