No próximo sábado, 20 de setembro de 2025, o Planet Hemp sobe ao palco do Classic Hall, em Olinda, para seu último encontro com o público pernambucano.

+ Leia Também + o “samba doido” do Azymuth é música que os músicos gostam 

A turnê de despedida “A Última Ponta”, com ingressos disponíveis em eventim.com.br/planethemp, revisita mais de trinta anos de trajetória que uniu música, resistência e uma identidade cultural única.

Mais do que encerrar um ciclo, o show celebra o impacto de uma banda que atravessou gerações e ampliou debates sobre liberdade de expressão.

Trajetória que marcou a música brasileira

Com mais de três décadas de carreira, a turnê traz todas as fases do Planet Hemp, incluindo faixas de Jardineiros (2022), disco vencedor de dois GRAMMY Latino — Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa e Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa, com a faixa “Distopia”, parceria com Criolo.

O título da turnê nasceu do verso “Eu continuo queimando tudo até a última ponta”, da faixa Queimando Tudo (Os Cães Ladram Mas a Caravana Não Pára, 1997). Criada em conversa entre Marcelo D2 e Marcelo Yuka nos anos 1990, a expressão se tornou um lema de resistência e comunidade que acompanha a história da banda.

Despedida com energia

Foto: Wilmore Oliveira @youknowmyface

“Fizemos um belo trabalho nesses 30 anos de carreira, mas tudo tem um final. O Planet Hemp tem uma energia muito forte que não queremos que se apague”, afirma Marcelo D2. Ele acrescenta que a parceria com a produtora 30e foi essencial para a realização da turnê.

“Vamos aproveitar esses últimos momentos juntos, na estrada, como banda, e nos conectarmos mais uma vez com essa galera que está nos apoiando desde o início”, completa o vocalista.

Rap, rock e resistência cultural

Formado por Marcelo D2, BNegão, Formigão, Pedro Garcia, Nobru e Daniel Ganjaman, o Planet Hemp construiu sua identidade misturando rap, rock, hardcore, reggae, psicodelia e música brasileira. Desde o disco de estreia Usuário (1995), marcou presença com letras como Legalize Já, Dig Dig Dig (Hempa) e Mantenha o Respeito.

O grupo também protagonizou momentos emblemáticos, como a prisão de integrantes em 1997, acusados de “apologia às drogas” por conta de suas letras. O episódio mobilizou artistas e intelectuais, transformando o Planet Hemp em símbolo nacional da liberdade de expressão.

Últimos shows pelo Brasil

A turnê “A Última Ponta” passa ainda por Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Brasília e Belo Horizonte. O encerramento marca o fim de um ciclo histórico, consolidando o Planet Hemp como uma das vozes mais influentes da contracultura brasileira.

Planet Hemp – A Última Ponta

Onde: Classic Hall – Av. Gov. Agamenon Magalhães, S/N, Salgadinho, Olinda – PE
Quando: 20 de setembro de 2025 (sábado), abertura da casa às 20h
Quanto: Pista (a partir de R$ 62,50 meia) | Pista Premium (a partir de R$ 122,50 meia) | Camarotes (R$ 305,00 a R$ 405,00 inteira)
Ingressos em eventim.com.br/planethemp

Compartilhar.

Sandro Moser é jornalista e escritor.

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de

0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Patrocínio

Realização

Fringe é uma plataforma de comunicação e entretenimento sobre arte e cultura brasileiras criada dentro do Festival de Curitiba e conta com o patrocínio da Petrobras

wpDiscuz
0
0
Deixe seu comentáriox
Sair da versão mobile