Começou em Brasília o Encontro Nacional dos Comitês de Cultura. A cerimônia de abertura celebrou a rede territorial criada pelo Ministério da Cultura para ampliar a participação social nas políticas culturais. O evento segue até 19 de novembro e reúne agentes de cultura de todo o país, equipes dos Escritórios Estaduais e representantes da sociedade civil.
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O encontro abriu com a fala do secretário-executivo adjunto do MinC, Cassius Rosa. Ele destacou a dimensão do projeto. “Colocamos em pé o maior programa territorial de cultura desse país”. O clima reforçou o impacto do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC), criado há dois anos e coordenado pela Secretaria de Articulação Federativa e Comitês de Cultura (SAFC).

O PNCC tem como missão levar políticas culturais a todos os territórios. Para isso, o MinC selecionou 601 agentes para atuar nas microrregiões brasileiras. Comitês foram inaugurados em 24 estados e no Distrito Federal. Todos estão agora em Brasília para debater resultados, avaliar metodologias e projetar o futuro do Programa.
O secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares, reforçou o compromisso do Governo Federal. “O governo Lula entende a centralidade da cultura para o desenvolvimento social e econômico. Não existe soberania sem cultura. Enquanto Lula for presidente, o PNCC vai existir”, afirmou.
A secretária da SAFC, Roberta Martins, celebrou o encontro. Ela destacou que a presença dos agentes comprova a transformação do Ministério da Cultura nos territórios. “Construímos uma rede que alcança o Brasil profundo”, disse. “Valorizamos saberes locais, fortalecemos vínculos e ampliamos o acesso às políticas culturais onde antes elas não chegavam”.
O evento marcou também a transversalidade entre cultura e participação social. Representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República elogiaram o programa. O secretário-adjunto Valmor Schiochet destacou que os agentes têm papel central na reconstrução democrática. “Vocês entregaram muito mais que comitês. Entregaram esperança”, afirmou.
A presidente da Funarte, Maria Marighella, lembrou a nova arquitetura institucional que sustenta a política cultural no país. “A cultura é ação no território. Não há cultura desconectada do chão”, afirmou.

Discursos de agentes territoriais também marcaram a abertura. Juuara dos Santos, de Londrina, trouxe a fala da população historicamente minorizada. “Eu me faço presença. Eu me faço vento. A luta é intransigente por acesso aos direitos”, disse.
O coordenador CDJota, representante dos Comitês de Goiás, reforçou a força do movimento: “Uma vez que a revolução pela cultura começou, ninguém vai derrubar”.
O cortejo do Boi do Seu Teodoro encerrou a cerimônia. O grupo, originário do Maranhão e radicado em Brasília desde a construção da capital, levou ao encontro a força da cultura popular. O cortejo abriu simbolicamente a programação, que segue até o dia 19 de novembro com debates, palestras e atividades formativas.
