Está em cartaz no Museu de Arte de São Paulo (MASP), na capital paulista, a exposição “Lia D Castro: Em Todo e Nenhum Lugar,” que faz parte do projeto “Histórias da Diversidade LGBTQIA+,” tema escolhido pela instituição para este ano. A mostra, aberta até 17 de novembro, marca a primeira exibição individual da artista Lia D Castro em um museu.
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Com curadoria de Isabella Rjeille e Glaucea Helena de Britto, a exposição reúne 36 obras, majoritariamente pinturas figurativas, que abordam temas como afeto, diálogo e imaginação como ferramentas de transformação social.
Lia D Castro trabalha com diversas mídias, incluindo pintura, instalação e fotografia, explorando questões relacionadas à masculinidade, cisgeneridade e branquitude.
A curadora Isabella Rjeille explica que a artista utiliza a prostituição e o trabalho do sexo como métodos de investigação.
“Lia trabalha de forma colaborativa com seus clientes, que são, em sua maioria, homens brancos, heterossexuais e de classe média e alta. Eles participam ativamente na concepção das obras, sugerindo como gostariam de ser retratados e até assinando as pinturas,” disse Rjeille.
Os clientes não são apenas retratados; eles contribuem para a criação das obras, resultando em um processo que questiona e subverte questões de raça, gênero e sexualidade. Lia D Castro inverte as perguntas comumente feitas a pessoas LGBT+ ou negras, questionando seus clientes sobre quando se perceberam brancos ou cisgêneros.
Além das pinturas, a exposição inclui fotografias que documentam o processo colaborativo de Lia, bem como um caderno de desenhos que traz anotações teóricas e técnicas preparatórias para suas obras.
Com informações de Elaine Cruz, repórter da Agência Brasil – EBC
Onde: MASP (Avenida Paulista, 1578 – São Paulo, SP)
Quando: Até 17 de novembro de 2024
Quanto: Consulte o site do MASP para valores e gratuidades