A história extraordinária de Moraes Moreira (1947-2020) merece, sem dúvida, ser celebrada em um museu. Desde o dia em que a primeira bola do menino foi furada no meio de uma rua em Ituaçu, na Chapada Diamantina, Moraes deixa sua marca indelével na cultura brasileira.

Após fazer sucesso em Salvador e no Rio de Janeiro, a exposição Mancha de Dendê Não Sai – Moraes Moreira ocupa, desde a semana passada, os três andares do Paço do Frevo, em Recife, onde permanecerá até março de 2025. O espaço é mais do que apropriado, pois o compositor baiano é responsável por alguns dos frevos mais marcantes da história.

Aliás, com o tema Temperado no Dendê: o Frevo de Moraes Moreira, há um encontro no dia 17 de agosto, às 15h, com a participação de Cecília Morais, psicanalista e filha do homenageado, e do músico Silvério Pessoa. Será uma conversa sobre o frevo e a obra de Moraes, que juntos ecoam pelo mundo.

_Desde que me entendo por gente, meu pai e sua música eram inseparáveis. Onde ele estava, seu violão e suas composições também estavam”, disse Cecília à Revista Continente.

Música e Literatura

A mostra é uma imersão sensorial na história da música popular e da cultura nacional, por meio da perspectiva de um dos artistas mais relevantes do país. Ela traça uma retrospectiva abrangente da carreira de Moraes e destaca sua versatilidade como compositor  que mesclou ritmos como frevo, baião, rock, samba, choro e música erudita em suas criações.

A diversidade da música brasileira no violão de Moraes Moreira. Foto: Divulgação

Além disso, há espaço dedicado às incursões de Moraes na literatura, como cordelista e cronista das histórias da Bahia. Os visitantes terão a oportunidade de ouvir seus poemas, suas músicas e vivenciar o contexto no qual ele se desenvolveu. Só quem não é brasileiro nessa hora não vai se emocionar.

Serviço

Exposição Mancha de Dendê Não Sai – Moraes Moreira

Onde: Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife)

Quando: de 16 de agosto de 2024 a 9 de março de 2025, no horário de funcionamento do Paço do Frevo. De terças a sextas, das 10h às 17h. Sábados e domingos, das 11h às 18h.

Quanto: R$ 10 e R$ 5 (meia) – entrada gratuita às terças.

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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