Entre as vozes da cultura urbana capixaba, é necessário prestar atenção no rapper e ativista cultural JP Pires. O músico e artista comunitário vai iniciar uma turnê pelo estado, apresentando-se nos Centros de Referência da Juventude (CRJ’s) de Aracruz, Vila Velha e Cachoeiro de Itapemirim, em um projeto chamado “Ancestralidade”.

Falando e cantando para seus semelhantes, ele traz para o palco a potência das rimas e dos beats do hip-hop e da ancestralidade preta, oferecendo um olhar crítico e artístico sobre as realidades das comunidades capixabas. A turnê é realizada pelo coletivo cultural Casa Roxa, contemplado pelo edital do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), do Governo do Estado.

Ancestralidade

“Ancestralidade” é mais do que uma turnê: “é um movimento de resistência”. Como jovem artista negro, JP Pires utiliza sua música para retratar as lutas, desafios e conquistas de sua comunidade, trazendo ao palco a urgência do hip-hop como expressão autêntica das periferias.

Com uma trajetória marcada pelo compromisso social, JP Pires busca, por meio de suas letras e performances, celebrar a ancestralidade preta e a cultura urbana, fazendo ecoar vozes muitas vezes silenciadas. “A ideia é mostrar que o hip-hop é nossa arma, nossa poesia e nossa forma de lutar por um futuro melhor”, afirma o rapper, que faz da sua arte um instrumento de transformação.

Segundo ele, essa turnê representa uma oportunidade de reconhecimento e fortalecimento da cultura periférica no Espírito Santo. JP Pires, em parceria com o coletivo cultural Casa Roxa, que organiza a produção cultural da turnê, busca levar a arte de rua aos CRJs, espaços que acolhem a juventude e promovem a cidadania.

Serviço:

Turnê “Ancestralidade” de JP Pires
18/09 – CRJ Aracruz
19/09 – CRJ Vila Velha
20/09 – CRJ Cachoeiro de Itapemirim
Horário: 18h
Entrada: Gratuita

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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