O governo do Paraná divulgou nesta terça-feira (10) as duas primeiras imagens de estudos do projeto arquitetônico do Museu Internacional de Arte de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A concepção do projeto desenvolvido pelo Governo do Estado em parceria com o Centre Pompidou de Paris é do arquiteto paraguaio Solano Benítez.

O projeto é baseado em conceitos definidos pela instituição francesa e será construído em um terreno de 24 mil metros quadrados cedido pela CCR Aeroportos, empresa responsável pela administração do terminal de Foz do Iguaçu.

Uma das propostas de Benítez é de que a natureza seja um elemento central no conceito arquitetônico, já que a ideia é promover uma espécie de integração entre a estrutura material do edifício e o território ao redor dele, que estará a cerca de 10 minutos de carro do Parque Nacional do Iguaçu, onde ficam as Cataratas do Iguaçu.

O arquiteto é mundialmente conhecido pelo uso de matérias-primas sustentáveis e econômicas, como por exemplo tijolo cerâmico, que são inseridos em soluções estruturais bastante singulares, produzindo possibilidades construtivas inovadoras a partir de elementos de baixo custo e pouco impacto ambiental.

Os detalhes finais do projeto devem ser apresentados em fevereiro, quando o Governo do Estado vai publicar a licitação para a construção do espaço. O investimento deve ser de mais de R$ 200 milhões e a previsão é de que a unidade seja aberta ao público até 2026. O Centre Georges Pompidou de Paris é um dos centros culturais mais importantes e inovadores do mundo, modelo que o Estado quer replicar no Paraná.

As tratativas para a instalação do museu no Paraná iniciaram em 2020, quando o governador e a secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, estiveram na sede do museu, em Paris, para confirmar a instalação no Estado. Em julho, foi firmado o compromisso com o presidente do centro cultural francês, Laurente Le Bon, em Foz do Iguaçu.

“Será um museu que vai presar pela pesquisa e reflexão dos artistas, curadores e pesquisadores sobre a importância da arte e a relação dela com a natureza, tudo isso dialogando com obras do acervo do Pompidou”, salientou Luciana Casagrande Pereira. “Teremos um resultado muito potente, porque estamos fazendo uma construção coletiva, com o Pompidou nos provocando para algumas reflexões e nossa equipe pesquisando para desenvolver esse conceito”.

O arquiteto Solano Benítez coleciona prêmios como SI Swiss Architectural Award 2007-2008 (SUI), AIA Honorary Fellowship 2012 (EUA) e um Leão de Ouro da Bienal de Veneza de 2016. Ele trabalhará em colaboração com o arquiteto brasileiro Angelo Bucci, professor da USP e um dos maiores nomes da arquitetura contemporânea do país. Em 1992, ele criou o pavilhão do Brasil na Expo 92 em Sevilha.

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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