Um dos pioneiros no muralismo na América Latina, o artista chileno Alejandro “Mono” González foi o convidado de honra do projeto Circuito Arte não é Privilégio, uma iniciativa do Céu – Museu de Arte a Céu Aberto, criado pelo “artivista” e produtor cultural Kleber Pagu.

Padrão do mural ‘Para que nunca mais aconteça’. Foto: Divulgação

Como parte da programação do projeto, González, 77 anos, participou numa vivência especial aberta ao público, na semana passada, no Complexo Cultural Funarte São Paulo e assinará um painel nos muros do local, tendo como tema os 60 anos do Golpe Militar com a seguinte frase: “Para que nunca mais aconteça”. A obra foi finalizada no último sábado, dia 23 de novembro.

Alejandro ‘Mono’ Gonzalez: muralista chileno. Foto: Divulgação
+ Leia Também + Risorama comemora 20 anos com estreia em Salvador 

Nascido em Curicó, no sul do Chile, em 1947, González é filho de pai operário e mãe camponesa. Em 1963, ingressou na Escola Experimental Artística de Santiago, onde se formou em 1967. Lá, iniciou seu aprendizado, influenciado por artistas como Diego Rivera e David Alfaro Siqueiros. Em 1969 inicia o muralismo com a nascente Brigada Ramona Parra (BRP), que se concentrava no trabalho artístico coletivo realizado com estudantes e populares.

A partir de 1990, passou a lecionar Produção Artística no programa de cinema da Universidade ARCIS e a ministrar oficinas sociais de muralismo, serigrafia e outras especialidades de arte urbana em diferentes localidades daquele país.

Considera a si mesmo um “trabalhador da arte”. Por meio do simbolismo de sua obra, figuras planas e com grossos contornos pretos, ele representa temas relacionados ao trabalhador comum, sua vida e obra, natureza e injustiças sociais, entre outros.

Circuito Arte Não é Privilégio

A realização de exposições de arte urbana a céu aberto em todas as 27 capitais brasileiras, com foco nas periferias e áreas centrais degradadas. Em síntese, este é o propósito do Circuito Arte não é Privilégio, uma iniciativa do Céu – Museu de Arte a Céu Aberto, criado pelo “artivista” e produtor cultural Kleber Pagu.

O Museu a Céu Aberto em São Paulo. Foto: Ricardo Yamas

Nesta primeira fase do projeto – fomentado pela Bolsa Funarte de Artes Visuais Marcantonio Vilaça 2023, e que será realizada entre os dias 19 e 23 de novembro – a capital paulista receberá os articuladores culturais Gilmar Satão (Brasília), Andréia dos Santos (Brasília), Anderson AC (Salvador), Juliana Freire (Salvador), Jean do Gueto (Belém) e Alan Furtado (Belém) para uma série de residências artísticas e imersões.

Além das atividades como Mono Gonzales, a programação prevê vivências na Funarte e Casa Mário de Andrade, com a participação de importantes nomes do cenário cultural brasileiro como Marcia Tiburi, Jean Wyllys, Moará Tupinambá, Fernanda Bueno, Kleber Pagu, Felipe Morozini, Jey77, além de visitas a instituições parcerias do Museu Céu em São Paulo, como Beco do Batman, Theatro Municipal, raça das Artes, Museu Afro e Sesc.

Mural Alejandro “Mono” González

Onde: Complexo Cultural Funarte São Paulo, Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos, São Paul

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de

0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Compartilhar.

Patrocínio

Realização

Fringe é uma plataforma de comunicação e entretenimento sobre arte e cultura brasileiras criada dentro do Festival de Curitiba e conta com o patrocínio da Petrobras

wpDiscuz
0
0
Deixe seu comentáriox
Sair da versão mobile